A missão foi complicada, mas, mesmo sem dinheiro em caixa, o Vasco foi o clube que mais contratou reforços até o momento. Se os nomes que chegaram não são do mesmo nível dos que saíram, pelo menos a diretoria conseguiu dar opções de trabalho à comissão técnica. Um detalhe, entretanto, põe em risco todo o projeto. Com contratos curtos, os reforços não têm garantias de permanência na próxima temporada, caso se saiam bem.
Para reforçar o time, o diretor executivo René Simões precisou ser criativo e, com auxílio do diretor técnico Ricardo Gomes, abriu mão de alguns atletas do grupo para conseguir bons negócios. No entanto, a maioria das oito novidades - muitas vieram por empréstimo - tem vínculo apenas até o fim do ano, o que pode gerar uma nova debandada na Colina.
René Simões está ciente de que a situação a partir de julho, mês em que, na teoria, os atletas já vão poder assinar pré-contrato com outro clube, ficará instável. Ainda mais se o projeto der certo e o time for bem dentro de campo.
“Sei que estou correndo um risco ao assinar contratos de apenas um ano, que posso perder todo um trabalho que está sendo feito, mas é um risco que tivemos que correr para formar um grupo com as condições que temos. Não gastamos um centavo sequer até o momento e cortamos muitos números até agora. Adoraria que fosse diferente, que a gente tivesse R$ 40 milhões no cofre para contratar o Alexandre Pato, por exemplo”, afirmou o dirigente, em referência à negociação recente do Corinthians.
Além dos reforços, ainda há o caso de Carlos Alberto, que tem vínculo até julho. Mas René não deve negociar com o camisa 10 agora.
“Vamos ver mais à frente, depois que começar a temporada. Sobre o restante do elenco, o nosso planejamento é procurar os jogadores a partir de setembro para a ver a situação de cada um para tentar a renovação”, declarou o dirigente.
Fonte: O Dia