O último capítulo da história de Felipe no Vasco foi fora das quatro linhas ou, mais precisamente, no martelo da Justiça do Trabalho. Um dia depois da reunião "amigável" entre seu empresário, Reinaldo Pitta, e a diretoria do Vasco, uma liminar obtida pelo jogador, nesta quarta-feira, antecipou o seu desligamento do clube. Assim como Fernando Prass e Nilton, Felipe teve seu vínculo com o Vasco desfeito devido aos salários atrasados. E, agora, está livre para negociar com outro clube.
A liminar que o desvincula do clube de São Januário foi concedida pela juíza Juliana Castello Branco, da 53ª Vara do Trabalho. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro já recebeu o documento e, assim, a rescisão do contrato deverá ser publicada nas próximas horas no Boletim Informativo Diário da CBF. O Vasco deve a Felipe cinco meses de direito de imagem, quatro de salário, décimo-terceiro, férias e FGTS. A rescisão não pega o clube de surpresa. Na reunião de terça-feira, o diretor-geral Cristiano Koehler e o diretor-executivo René Simões foram avisados por Pitta que, um dia antes, Felipe acionara a Justiça contra o Vasco. Ainda assim, o grupo ensaiou o discurso de que a decisão havia sido tomada em comum acordo, sem brigas e, portanto, de forma amistosa. Pitta e a diretoria do Vasco terão um novo encontro na próxima semana para discutir o valor e a forma de pagamento da multa rescisória.
O Vasco deveria pagar aproximadamente R$ 5 milhões a Felipe. Se o jogador não chegar a um acordo com o clube, a Justiça baterá o martelo.
Felipe é o maior vencedor da história do Vasco. Acumula, no currículo, dois títulos brasileiros, uma Copa Mercosul, uma Copa do Brasil e uma Libertadores, entre outras conquistas. Sua história no clube termina após uma entrevista ao Extra, quando questionou a contratação de René Simões e criticou a diretoria devido ao atraso de salários.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online