Com até quatro meses de salários atrasados, poucos funcionários do Vasco responsáveis pela conservação e limpeza do clube têm se deslocado até São Januário. Desse modo, se cria o cenário de abandono, com as dependências repletas de sujeira – incluindo baratas e fezes de gatos. No entanto, a diretoria busca maneiras de conservar um cenário digno. O vice de patrimônio Manuel Barbosa admitiu a dificuldade e creditou o atual panorama à falta de frequência de pessoal, mas prometeu uma solução emergencial.
- Neste sábado haverá uma força-tarefa para limpar a parte social de São Januário. Vinte e dois funcionários estarão no clube para executar o serviço. No amistoso contra o Ajax, no próximo dia 13, o estádio estará totalmente limpo - disse.
Segundo Manuel Barbosa, por conta da falta de recursos, o clube não consegue contabilizar quantos dos 116 funcionários do patrimônio têm comparecido ao clube. Ele lembra que alguns estão de férias, mas afirma que o Vasco vem pagando o vale transporte para que o clube não fique sem qualquer manutenção. O dirigente garantiu ainda que não há previsão de corte de funcionários, medida discutida em reuniões, até que os salários sejam pagos.
Na tarde desta sexta-feira ainda era possível ver muita sujeira em São Januário. Num dos campos de grama sintética, alunos da escolinha treinavam num gramado com fezes de gato espalhadas. Segundo um funcionário que preferiu não se identificar, a situação poderá ficar pior se o Vasco não encontrar uma rápida solução para quitar os salários.
- Hoje ainda tem uma meia dúzia de pessoas trabalhando. Na próxima semana é capaz de não vir mais ninguém - disse.