Desfalcada por jogadores que disputarão o Campeonato Sul-Americano sub-20 pela seleção brasileira e por aqueles que foram promovidos ao time principal, a 44ª edição da Copa São Paulo de juniores tem início nesta sexta-feira e apresenta equipes renovadas em busca do mais tradicional título nacional da categoria. Inchada com a participação de 100 clubes divididos em 25 grupos na primeira fase, a competição volta a ser disputada com limite de idade até 20 anos (nascidos até 1993) e começa sem um grande favorito a levantar a taça na final do dia 25 de janeiro, no estádio no Pacaembu.
Os clubes do Rio de Janeiro são os maiores prejudicados com a perda de atletas que estão servindo a seleção brasileira, a maioria com vagas quase certas no elenco profissionais. São três jogadores do Flamengo (Samir, Mattheus e Adryan), três do Fluminense (Wallce, Igor Julião e Marcos Júnior), três do Botafogo (Dória, Jadson e Bruno Mendes) e um do Vasco (Luan) que estarão disputando o Sul-Americano na Argentina, entre os dias 9 de janeiro e 3 de fevereiro.
Mas não são apenas os cariocas que terão desfalques importantes por este motivo, time de outros Estados do país também perderam peçam importantes para a seleção. Corinthians (Matheus Caldeira e Antônio Carlos), Vitória (Luiz Gustavo e Mansur, campeões da Copa do Brasil sub-20), Grêmio (Misael e Leandro) são alguns bons exemplos.
E mesmo outros atletas importantes que não estarão representando o Brasil ficarão de fora da Copa São Paulo para disputarem os Campeonatos Estaduais. Como diversas equipes possuem elencos enxutos no profissional e têm mais de um torneio para disputar no primeiro semestre, juniores com mais experiência foram chamados para integrar o grupo principal. Neste caso, temos os exemplos de Paulo Victor, Roger, Jemerson e Sidimar, (vice-campeões da Copa do Brasil sub-20 pelo Atlético-MG), Ítalo Melo e Talisca (Bahia), Dedé e Sassá (Botafogo), Mayke, Wallace, Vinícius Araújo, Vinícius Freitas e Alysson (Cruzeiro), entre outros.
Quem vai fugir deste fato são os paulistas Palmeiras e São Paulo, que terão a ajuda de jogadores mais rodados entre os profissionais. O Palmeiras, comandado pelo técnico Narciso (auxiliar de Gilson Kleina no profissional), "rebaixou" ao time de juniores Bruno Oliveira, Luiz Gustavo, Bruno Dybal, Diego Souza e Vinícius, tudo para buscar o primeiro título da Copinha de sua história. A exceção é João Denoni, que ficou na equipe de cima. Já o São Paulo, sob o comando do técnico Sergio Baresi, terá um grupo reformulado em relação a 2012, mas também será reforçado por atletas com passagens pelo profissional, como Lucas Farias, Luiz Eduardo, Henrique Miranda, Rodrigo Caio, João Schmidt.
Mas a ausência de nomes mais conhecidos do torcedor não tira o brilho e a importância da Copinha. Pelo contrário. O grande objetivo da competição, que é revelar novos craques, será colocado em prática mais do que nunca, com muitos atletas bem jovens em campo, alguns nascidos até 1996. Entre os novos nomes que podem surgir, alguns já chamam a atenção antes mesmo de a bola rolar nos gramados espalhados pelas sedes do Estado de São Paulo. São eles: o atacante Paulo Victor (Coritiba), o meia Paulinho (Atlético-MG), o atacante Douglas Baggio (Flamengo), o lateral Victor Giro (Corinthians), o volante Gabriel Soares (Vitória), o meia Matheus Índio (Vasco), o atacante Aguilar (Desportivo Brasil), o goleiro Gabriel (Santos), meia Guilherme Biteco (Grêmio) e o atacante Valdivia (Internacional).
A partir desta sexta-feira, os 100 clubes brasileiros vão em busca não só de repetir o título do Corinthians, atual campeão da Copa São Paulo de juniores ao vencer o Fluminense na decisão de 2012 (e também maior vencedor da história com oito conquistas), mas também sonham em descobrir futuros craques para abrilhantar ainda mais o futebol do país.
Fonte: ESPN.com.br
