Quando criança, Vágner Love disse para mãe que se não fosse jogador de futebol, seria mendigo. Seu amor pela bola é tão grande que ele passou a carregar a palavra no próprio nome, posteriormente. No entanto, ao ser cortado do Vasco, quando tinha 16 anos, por conta da baixa estatura, ficou decepcionado e pensou até em desistir do esporte. Isso até ouvir o conselho de uma pessoa muito importante.
- Eu sabia que era a coisa que ele mais gostava de fazer. Depois do que aconteceu, perguntei: ‘você vai desistir?’ – lembra dona Jaira, mãe de Love.
A mãe e a irmã do jogador são exemplos de dedicação. Auxiliar de enfermagem durante 17 anos, dona Jaira sempre trabalhou de noite para poder cuidar dos filhos no resto do dia. E assim como a irmã Vânia, que é dançarina, Love sempre usou a ginga dentro e fora de campo.
- Ele adorava dançar lambada. Menino não é muito disso mas, nas festas, ele sempre chamava as meninas para dançar – revela a irmã.
Nascido em Bangu, começou no futebol atuando pelo clube alvirrubro. No Campo Grande, fez seu primeiro gol como jogador federado, aos onze anos. A essa idade já era elogiado e muitos diziam que ele ia parar na Seleção Brasileira. Tiro e queda: com a amarelinha, fez dupla de ataque de Robinho e balançou as redes quatro vezes em 20 jogos.
Após ser dispensado do Vasco, o artilheiro do amor deu a volta por cima. Pelo Palmeiras, marcou 32 gols na Copa São Paulo de Futebol Júnior e chamou atenção dos russos do CSKA. O atacante saiu do país e a família foi junto.
- Como todo mundo estava junto foi mais fácil. A gente ia para os jogos e às vezes ia para os treinos. E, além disso, ainda tinha a comida da mamãe – brinca Vânia.
Emprestado pelo clube russo, foi acolhido por seu clube de coração, o Flamengo, no começo de 2010. Retornou ao CSKA e, em janeiro de 2012, foi repatriado pelo Rubro-Negro. As trancinhas coloridas novamente se tornaram vermelhas. Mas o sonho ainda não acabou.
- O sonho dele é ganhar um campeonato pelo Flamengo – diz a mãe.
Fonte: GloboEsporte.com