Após apresentar uma reportagem exclusiva sobre o atual estado de conservação do Ginásio Poliesportivo de São Januário, a CRVG – Em Todos os Esportes/SuperVasco continuará a série de reportagens sobre o atual estado do Complexo de São Januário, onde seriam possíveis práticas esportivas nos mesmos. Hoje apresentaremos uma reportagem especial sobre o nosso Estádio Aquático de São Januário, e infelizmente as notícias não são nada agradáveis.
No final de 2010, o Club de Regatas Vasco da Gama firmou uma parceria com a empresa de tintas Iquine, onde as bases do acordo eram suprir o Clube com tintas para a manuntenção do Estádio de São Januário e ao Parque Aquático do Clube. Uma esperança surgia, pois naquela época o Parque Aquático já se encontrava em estado deplorável.
Dois anos já se passaram e apenas metade do acordo foi cumprido, o Estádio de São Januário recebeu uma belíssima pintura nova, onde a torcida pôde escolher seu novo desenho, mas infelizmente o Parque Aquático continuou abandonado.
No início de 2012, uma nova esperança para o Parque Aquático: Gustavo Borges. O ex-nadador do Vasco reuniu-se com o Presidente Roberto Dinamite e ao até então Vice-Presidente de Esportes Olímpicos e Responsabilidade Social, José Pinto Monteiro, onde na ocasião apresentou o projeto onde viabilizaria novas construções e renovações ao nosso Estádio Aquático. Em rápida conversa com a nossa equipe, Gustavo Borges foi simples e direto.
- Apresentei um projeto, mas o foco do Vasco é com o futebol e a piscina infelizmente não vai ter investimento. Pelo menos foi o que ficou da conversa. Uma pena, pois o Vasco tem um história muito bonita.
Assim como o Estádio de São Januário já foi o maior estádio de futebol da América do Sul, o Vasco já deu a natação o maior complexo para as práticas esportivas da modalidade no país, o chamado Estádio Aquático de São Januário, inaugurado no dia 14 de novembro de 1953. Em 1998 o Estádio Aquático teve a honra de receber a Copa do Mundo de Natação, foi a única vez em que o Brasil sediou tal competição.
Quase 60 anos após sua inauguração, o que podemos encontrar atualmente no nosso belíssimo Parque Aquático, são cenas tristes, de lamentável abandono do patrimônio do Club de Regatas Vasco da Gama.
Não precisara ir muito perto para avistar a pintura desgastada e ver que literalmente está caindo aos pedaços. Ao adentrar dentro do Estádio, o que podemos ver são cadeiras quebradas, enferrujadas, imundas. As arquibancadas tomadas por fezes de pássaros, encontramos até fraldas usadas nas escadarias, e o pior, o local virou cemitério para pássaros, no chão, encontramos restos mortais de pombos e até um passarinho morto em uma cadeira da arquibancada. As piscinas sem o menor tratamento, com sujeiras e sem cloro (fornecimento de cloro frequentemente é interrompido por dívidas do Clube com o seu fornecedor).
O que podemos definir com tudo isso, é o completo abandono do patrimônio do Clube, os sócios mesmo com o Parque Aquático tendo os devidos tratamentos, não teriam acesso, atletas o Clube não possui mais e mesmo a pouco tempo atrás quando possuía, era esse local de trabalho que o Clube oferecia aos mesmos. O que queremos é o mínimo de respeito, com o patrimônio, com o torcedor e com a história do Clube, não exigimos atletas de ponta ou coisa do tipo, apenas queremos que a marca Vasco e principalmente a história do Clube não se perca e diminua com o tempo.
Amanhã apresentaremos uma reportagem exclusiva sobre o Ginásio Antônio Soares Calçada, mais conhecido como Forninho, felizmente as notícias são muito mais agradáveis do que as do Ginásio Poliesportivo e do nosso querido Parque Aquático. Não percam!