Perto ou longe do Vasco, a amizade fala mais alto numa reedição informal da dupla que levou o clube à conquista inédita da Copa do Brasil de 2011. Não que Cristóvão e Ricardo Gomes cogitem voltar a trabalhar juntos. Nada disso, pelo menos por enquanto. Mas a sintonia entre os velhos amigos funciona na hora de analisar reforços para o clube em 2013.
No planejamento, Ricardo procurou seu “consultor de luxo” para saber sobre jogadores que o Vasco sondava.
— Como disputei quase todo o Brasileiro (como técnico do Vasco), conheço muitos jogadores. E às vezes eu ajudo com alguma informação que ele não tem. Somos muito amigos. Essa cooperação sempre vai acontecer — ressalta Cristóvão.
Enquanto aguarda a volta ao trabalho, Cristóvão recuperou 5kg que tinha perdido com a rotina estressante de treinador em meio a um Vasco sempre em crise financeira. Ele vem acompanhando as notícias sobre o ex-clube, agora de novo nas mãos do amigo e finalmente, nos últimos dias, com um pouco mais de calma.
— Eu fiquei preocupado no início (de dezembro), com tantas saídas. Mas depois fiquei mais tranquilo e ele, bem mais animado com as movimentações. Dentro da confusão toda (de saídas de atletas), vejo que o Vasco está sendo obrigado a refazer um time — comentou Cristóvão, que viu, enfim, amadurecer no clube uma mudança que se iniciou com sua saída, em setembro. — O Vasco saiu da inércia. Isso é positivo. Eu e Ricardo falamos sobre isso. Houve uma mobilização para essa remontagem de elenco.
Seja pelo amigo no comando técnico do time, seja pelo contato diário nas ruas com vascaínos e rivais, a imagem de Cristóvão segue ligada ao Vasco. O clube é sua maior referência, até pelo recorde de permanência no G4 do Brasileiro e pela marca de melhor aproveitamento de um técnico na era dos pontos corridos (58%). Porém, do lado de fora, prefere não comentar o afastamento de Felipe, decisão do diretor executivo René Simões.
— Seria deselegante, antiético. Sobre isso não quero dar opinião — diz ele.
Fonte: Extra