De perfil quieto e observador, Alessandro esperou pacientemente por duradouros três anos a oportunidade que agora parece bem mais próxima. Sempre na reserva, assistiu a Fernando Prass alcançar recordes de jogos em sequência e foi titular em apenas quatro partidas. Mesmo com a chegada de Michel Alves, pede uma chance para provar o valor.
– Leio muitas notícias de que sou um goleiro muito jovem (24 anos), que tenho que pegar experiência, mas se eu não jogar, como vou ter experiência? Todos tiveram chances de crescer. Preciso de uma chance para poder crescer e mostrar meu trabalho – destacou.
Natural de Cascavel (PR), foi revelado pelo RS Futebol (RS), passou pela base do Fluminense (onde ganhou fama de pegador de pênaltis) e teve uma passagem pelo Grêmio, até desembarcar na Colina.
Em São Januário, tem a confiança do técnico Gaúcho, do diretor-técnico Ricardo Gomes e do preparador de goleiros Carlos Germano.
– Além dele (Germano) ter sido um baita goleiro, é uma excelente pessoa. É um outro exemplo que tenho em minha vida. É um cara tranquilo, que não passa pressão nenhuma para nós, somente confiança. Ainda vou aprender muito com ele – elogia Alessandro.
Com tanto tempo de espera na bagagem, o goleiro vê a pré-temporada em Pinheral (RJ), com início em 4 de janeiro, como uma chance para agarrar com unhas e dentes:
– Não dá para desanimar. Os goleiros sabem que a demora é maior, a rotatividade é muito pequena. Por isso que, com a saída do Prass, se abre um espaço enorme e espero uma chance. Tenho totais condições de ser titular do Vasco.
Fonte: Lancenet