Natural de Promissão, cidadezinha do interior de São Paulo, Zé Eduardo, que assinará contrato com o Vasco ainda esta semana, irá defender pela primeira vez um clube do Rio de Janeiro. Problemas com adaptação? Nenhum. Extrovertido, folclórico e até meio fanfarrão, no bom sentido, o atacante sempre se identificou com o jeito carioca de ser, apesar do gosto por mato e sertanejo.
Em um bate papo descontraído, Zé Eduardo disse ao LANCE!Net que, no Rio de Janeiro, irá tentar fazer jus ao apelido de Zé Love, adquirido nos tempos de Palmeiras. A praia e o Projac (centro de produção da TV Globo) serão seus points favoritos na folga. Mas tudo isso sem esquecer do primordial: fazer gols. Afinal, lembra ele, deixou para trás um salário pomposo na Itália para reencontrar a alegria de jogar futebol no Brasil. O atacante garante jamais tirar os pés do chão.
Você é do interiorzão de São Paulo, mas tem esse jeito extrovertido, bem parecido com o do povo carioca...
Isso é verdade. Sou paulista, do interior, mas sempre me achei meio carioca. Sou de conversar, de não ter vergonha. Sempre fui assim, gosto de alegrar o ambiente, chegar com bom humor. Até por ter passado dificuldades no começo da carreira. Acho que esse meu jeito irá me ajudar bastante, até por que já sei que o grupo do Vasco é jovem e bem receptivo também. Com certeza, vou fazer de tudo para, com força e empenho, dar muitas alegrias.
A torcida do Vasco aceitou muito bem a sua contratação. No twitter, por exemplo, muita gente aderiu o “Love” ao nome. Como tem sido o contato com os vascaínos?
Maravilhoso. Desde que surgiu a possibilidade de vestir a camisa do Vasco, recebi muitas mensagens no twitter. O rival não está gostando, não, mas a torcida do Vasco está me motivando bastante. Estou sentindo um carinho muito grande dessa torcida.
Você esteve no Rio, mas ainda não assinou. O que falta?
Detalhes, apenas. Posso dizer que falta somente um papel. O salário está acertado. Está tudo bem encaminhado com meu agente.
Como surgiu o apelido de Zé Love?
Isso foi no Palmeiras. Porque eu me achava meio pegador (risos).
E fará jus ao apelido no Rio?
Rapaz, o Zé Love está solteiro, livre, leve e solto. Quem sabe no Rio não encontro uma namorada?
Você tinha uma paixão por uma atriz da Globo, Milena Toscano, não é isso?
Eu falei isso em TV aberta uma vez, que era apaixonado pela Milena Toscano. Na época, ela fazia papel de fazendeira em uma novela. É bem o que eu gosto, esse estilo sertanejo. Ela tem namorado, mas nada é impossível. Sei que vou morar na Barra, pertinho do Projac. Quem sabe não faço uma visitinha, consigo uma pontinha em uma novela lá na Globo (risos)?
Mas é preciso tomar cuidado com a noite carioca. A torcida pega no pé...
Mas não preciso sair para a noitada. Nem quero. Prefiro ir a restaurante, praia. Tenho esse jeito brincalhão, mas tenho os pés no chão. Sei o quanto é importante jogar bem. É importante para a minha carreira. Não posso desperdiçar isso. A torcida pode ter certeza de que vou fazer de tudo em campo. Acho que tenho uma boa técnica, mas, quando as coisas não estiverem dando certo em campo, vou na raça, sou um cara de guerra. Se tiver que bater a cabeça na trave para ajudar o time, vou bater.
Você disse ter passado dificuldades no início da carreira. Isso serviu como lição?
Sim. Dou muito valor a isso. Aprendi que tudo tem seu momento, sua hora. Demorei a conseguir um espaço, mas Deus sabe o que faz. Por isso, tenho a cabecinha tranquila. Voltei para jogar futebol. É o que sei fazer.
Fonte: Lancenet