O julgamento do Quissamã no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que reverteu a exclusão do clube da Série A do Campeonato Carioca 2013, pode ter transgredido a esfera esportiva. Esse pelo menos é o pensamento do presidente do Goytacaz, Jomar Garcia, que afirma ter informações de que o governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, influenciou o julgamento na instancia máxima da Justiça Desportiva. O motivo seria o desafeto com Garotinho, ex-governador do Rio, que é um dos colaboradores do clube.
- Infelizmente tivemos informações confiáveis de que o peso político do governador do Estado do Rio influenciou no resultado, que pediu para que eles votassem por unanimidade a favor do Quissamã. Além de lamentável, isso é vergonhoso. Tudo isso porque acham que o (Anthony) Garotinho é dono do Goytacaz. Isso não existe. Ele é um dos nossos colaboradores, assim como tantos outros iguais. Sabemos que a decisão do STJD foi comemorada pelo prefeito de Quissamã juntamente com um dos secretários de Cabral - disparou Jomar.
O presidente do Goytacaz ainda criticou os auditores do STJD. Segundo Jomar, eles comemoram a decisão em prol do Quissamã.
- Até mesmo os auditores comemoraram. A gente fica triste com um tipo de atitute destas, mas vamos seguir com a cabeça erguida. O regulamento foi rasgado e a federação (Ferj) não foi respeitada. Perde o futebol, na minha visão. Estávamos montando uma equipe não para se manter, mas para brigar pelo título - disse.
O dirigente se esquivou de uma possível rivalidade criada entre o Quissamã e o Goytacaz, clube que entrou com a ação requerendo a vaga na elite do futebol carioca. Segundo Jomar, era o interesse do Goyta que motivava a medida.
- Não temos nada contra o Quissamã. Nós estávamos em busca somente do direito do Goytacaz. Somente isso - finalizou.
Fonte: GloboEsporte.com