No início de janeiro, Juninho embarca para um novo desafio na carreira. Mas a motivação pelo que vai encontrar no New York RB, dos Estados Unidos, contrasta com a amargura que deixou após a segunda passagem por São Januário. Incomodado com as críticas por supostamente ter abandonado a nau do Vasco afundadando, o meia de 38 anos deixa claro ter cumprido sua missão e diz ter a consciência tranquila por já ter provado em diversas ocasiões o seu comprometimento com o clube. Mas até o amor tem limite. Sem enxergar pespectivas da recuperação do Vasco no curto período de sua carreira, ele preferiu não permanecer e buscar um ambiente organizado e saudável, bem diferente da “sujeira” que disse ter encontrado em São Januário.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Juninho reforçou seu carinho pelo Vasco, mas explicou os motivos que o levaram a acertar um ano de contrato com o New York RB, deixando para trás até mesmo uma tentadora proposta do Atlético-MG. Apesar da possibilidade de permanecer do Vasco em meio à incerteza do pagamento de salários, o jogador mostrou-se incomodado com a possibilidade de ser usado no clube para abafar a crise.
- Se eu ficasse, poderia aumentar a idolatria da torcida por mim. Mas não sou vaidoso. Além disso, não adianta forçar a situação. Ao sair, ajudei o Vasco. Agora que o Juninho saiu, todo mundo vê que a situação está realmente difícil. Então, acho que vão trabalhar ainda mais para mudar. Se eu ficasse, iria contra tudo o que sempre falei. Cobro a diretoria e aceito como está? Se eu fico, com certeza o Vasco arrumaria um jeito de me pagar, mas não queria permanecer dessa maneira.
Juninho ainda revelou ter identificado um ambiente em São Januário impróprio para sua permanência e que, apesar da identificação com o Vasco, o motivou a não renovar o contrato que terminaria em 31 de dezembro.
- A minha sorte é que eu não jogo mal. Então passei a incomodar. Algumas pessoas não queriam a minha volta. Outras achavam que eu não jogaria porra nenhuma e que iria embora depois de seis meses. O grande problema são os euriquistas de plantão. Tem gente da direção, do conselho, funcionários e jornalistas que fizeram um ambiente sujo, pesado. Muitos ali dentro querem se aproveitar e encontrar um espaço para entrar. Eu não quero ficar como escudo.
Fonte: GloboEsporte.com