O Vasco encontrou uma forma de driblar a crise financeira que parece insolúvel: criar uma fundação, que funcionará como um dos braços do clube. Liderado por Olavo Monteiro de Carvalho, um grupo de empresários vascaínos já concluiu o projeto, que aguarda um parecer do Ministério Público.
O plano da diretoria vascaína é que tudo esteja aprovado já em janeiro ou fevereiro. Financeiramente saudável, a fundação estará livre de penhoras. Isso por si só explica por que a diretoria ainda não confirmou o patrocínio da Nissan.
O contrato está por pequenos ajustes e as conversas vêm sendo acompanhadas desde o início por Sérgio Cabral — recentemente o governador abriu as portas do estado para a Nissan fazer sua fábrica em Porto Real.
Os valores giram em torno de R$ 20 milhões anuais, por duas temporadas de contrato — a Eletrobras paga atualmente R$ 16 milhões por ano, mas a verba só é liberada a muito custo para o pagamento de pendências trabalhistas.
O Vasco tenta manter o vínculo com a Eletrobras, deslocando a marca para as mangas da camisa (ou outros esportes). A empresa, porém, não parece seduzida pela proposta e deve sair. O caminho, assim, ficaria aberto para a volta do BMG como anunciante secundário.
Outra questão que vem sendo tratada com muito cuidado é a relação com a Penalty. O clube tem em mãos uma proposta da Nike, que vê seu retorno ao futebol carioca como fundamental para a expansão da marca no país. Em um estágio menos evoluído surge a Adidas, que já patrocina o Fluminense e negocia com o Flamengo.
Pesam a favor da Penalty o fato de a empresa ter abraçado o Vasco em um momento delicado (logo depois de o clube ser deixado na mão pela Champs) e a construção da recém-inaugurada megaloja de São Januário.
Neste momento, porém, mais importante do que saber quem vai fornecer os uniformes é oficializar a marca que estará nele e contratar os jogadores que vão usá-lo em 2013.
Fonte: Extra Online