A equipe mirim do Vasco conquistou no início deste mês o Campeonato Carioca da categoria após derrotar Fluminense e Flamengo nas duas últimas fases decisivas. A campanha dos 'Meninos da Colina' na competição foi impressionante, pois só não venceu três partidas (uma derrota e dois empates).
Formada em grande parte por jogadores nascidos no ano de 99, a equipe ficou conhecida como a 'Família 99' por conta da união existente entre todos os jogadores e membros da comissão técnica. Treinador da categoria, Adriano Barreto participou na última quarta-feira (12/12) do programa Só dá Base/Só dá Vasco e falou um pouquinho sobre o título alcançado:
- Foi uma conquista muito bonita porque nós superamos todas as dificuldades que existem hoje dentro do nosso clube. Conseguimos passar por todos os obstáculos e todos os problemas foram contornados. Treinamos muito com os meninos e fizemos um trabalho muito forte não só parte física e técnica, mas também na parte psicológica. Eles se intitulam como família. Quando assumi a equipe em setembro eles já tinham esse rótulo de família 99. Se alguém mexia com um, mexia com tudo. Realmente eles eram e são uma família. Isso é importante, mas algumas vezes eles levavam isso para dentro de campo e isso acaba dificultando o rendimento da equipe. Tivemos que dimensionar o que era pró e o que contra, colocar tudo numa balança, equilibrar, fazer com que eles tivessem a cabeça equilibrada e pudessem sair dos jogos decisivos com o resultado positivo. Todo trabalho foi voltado para que quando a gente chegasse na semifinal tivesse forças para vencer. A vitória de Xerém foi uma prova que essa preparação deu certo. Todo mundo diz que ganhar do Fluminense lá é difícil, realmente é difícil, mas após sairmos perdendo, conseguimos virar com toda autoridade e um bom futebol - disse ao Só dá Base/Só dá Vasco.
Adriano destacou também o momento mais importante da conquista. Curiosamente foi durante um grave acontecimento que o mirim evoluiu e comissão técnica pôde corrigir o maior defeito da equipe: a parte psicológica. Durante o jogo contra o Artsul, o polivalente Romulo quebrou o braço logo no início da partida e deixou a todos da equipe assustados. Esse episódio evidenciou a fragilidade psicológica dos garotos e provocou a única derrota do time na competição:
- O Romulo evoluiu muito, pois ele antes só jogava na lateral. Eu consegui falar com ele e mostrei que ele também poderia jogar em outras posições. O puxei para o meio e logo ele se transformou num coringa. Infelizmente durante um jogo contra o Artsul, o Romulo quebrou o braço. Além de perder um jogador importante para o restante do campeonato, só voltou na final contra o Flamengo, o time ficou abalado e não conseguia acertar mais nem um passe de dois metros. O time passou a dar espaços e sofreu um gol bobo no início do segundo tempo. Tentei reanimar o grupo, arrumar a casa no intervalo, mas não conseguimos mais reverter. A partir desse jogo percebi algumas deficiências do time. Essa derrota para mim foi um vitória, pois a partir dela a gente pôde saber dos problemas. Com isso, o time começou a subir degrau a degrau até conquistar um título contra o Flamengo - revelou com exclusividade ao disse ao Só dá Base/Só dá Vasco.
Fonte: Blog do Carlos Gregório Jr