Enquanto o São Paulo comemorava o título da Copa Sul-Americana em campo, sem ter disputado o segundo tempo da partida que estava vencendo por 2 a 0, no Morumbi, os argentinos, acuados no vestiário do estádio, apresentavam seus argumentos para terem desistido da final. De acordo com o site do diário "Olé", seguranças do clube paulista agrediram os jogadores do time argentino e sacaram dois revólveres na descida deles para o vestiário ao fim tumultuado do primeiro tempo.
- Liberaram a área e nos mostraram dois revólveres. São uns cagões, porque mano a mano não se garantem. Assim, não jogamos o segundo tempo, não há garantias. Estavam os seguranças e um deles sacou o revólver. E começaram a bater e machucar - denunciou o técnico Pipo Gorosito, segundo o "Olé".
Segundo um funcionário do Tigre, publica o "Olé", os jogadores argentinos foram ameaçados e houve agressões graves contra atletas, alguns inclusive teriam sido feridos. Os jogadores do Tigre se mostraram revoltados.
- Nos pegaram, se meteram dentro do vestiário. É uma vergonha, nos mataram a pauladas - afirmou Lucas Orban.
- Eu tive de levar pontos. É desde o início. Não nos deram lugar para treinar, não nos permitiram. Estavam nos esperando para nos dar pauladas. Uma loucura. Queria terminar campeão ou vice-campeão. Trinta sujeitos, estavam todos armados, uma loucura, uma bagunça sem sentido. Sacaram ferros, sacaram revólveres para ameaçar - disse Galmarini.
O diário argentino classificou de "vergonha' a inusitada final da Sul-Americana, publicou que o São Paulo foi "campeão do constrangimento" e definiu desta forma o que aconteceu na noite desta quarta: "Loucura em plena final da Sul-Americana. São Paulo ficava com a Copa com justiça, até que inexplicavelmente decidiu manchar sua própria festa no Morumbi".
Fonte: GloboEsporte.com