No dia do jogo de despedida de seu maior ídolo recente, o goleiro Marcos, o Palmeiras quebrou um tabu histórico ao acertar com um arqueiro para a próxima temporada. Fernando Prass, ex-Vasco, fechou acordo por três anos, na primeira contratação em 18 anos – o último havia sido Gato Fernandez. Para o ex-atacante Edmundo, foi uma escolha acertada.
“Gosto muito dele, admiro como profissional, é um jogador completo. O Palmeiras acertou”, disse Edmundo, na chegada ao Pacaembu para o jogo entre Palmeiras de 1999 e Seleção Brasileira de 2002, o último da carreira de Marcos. Depois que o ídolo abandonou a carreira, em janeiro, Deola, Bruno e Raphael Alemão, todos formados nas categorias de base do clube, não se firmaram na posição.
“O Palmeiras tem uma escola de goleiros fantástica. Espero que ele jogue a altura. É um grande goleiro, mas essa história de que um bom time começa por um bom goleiro não é verdade. Tem que ter uma zaga que segure, e quanto melhor aparecer melhor”, afirmou Edmundo. O torcedor presente no Pacaembu, no entanto, não gostou do mais novo contrato do clube.
“É uma vergonha. O Palmeiras sempre foi uma escola de goleiros. Isso mostra como o clube vem sendo tratado com descaso. As três últimas diretorias trataram com muito descaso”, criticou Marcos Cozer, 47 anos. “É ridículo”, concordou Rodrigo Bonafé Dotti, 31 anos. “Não precisava disso. Deveriam dar mais uma chance para o Alemão. O Prass é inseguro. Se for assim, fica com Bruno”, acrescentou.
Fernando Prass terá a missão de resolver o problema dos goleiros pós-Marcos no Palmeiras em um ano que promete ser difícil: se em 2013 voltará a jogar a Copa Libertadores, terá a Série B do Campeonato Brasileiro pela frente. “Vou falar para você que o que eu mais queria era entrar no estádio e ver o Marcos falar que vai jogar a Série B. Mesmo com aquela barriga dele, seria melhor que qualquer um”, disse Marcos Cozer.
Fonte: Terra