Juniores: Confira entrevista com o lateral-direito Richard

Ademir de Menezes, Vavá, Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Juninho. Todos esses jogadores que marcaram época com a camisa vascaína nasceram no Estado de Pernambuco, o que mostra que a terra do frevo costuma fornecer ao cruzmaltino grandes nomes. Apesar de Juninho ainda defender as cores do Gigante da Colina, outro pernambucano é quem vem chamando a atenção da imensa torcida cruzmaltino. Trata-se de Richard, lateral-direito titular da equipe júnior.

Natural do Recife, Richard chegou ao Vasco em 2011 após viver uma experiência no futebol europeu e se destacar com a camisa do Náutico, onde deu os primeiros passos dentro de uma quadra de futebol de salão. Arisco, tem como características principais o apoio ao ataque e a bola parada. O tipo de jogo executado pelo jovem de 17 anos agradou bastante os torcedores vascaínos, que já sugerem sua promoção para o time profissional.

Foi com essa joia da base vascaína que conversamos na última semana. Atualmente no Rio Grande do Sul, onde disputa o Campeonato Brasileiro sub-20, Richard nos contou um pouco sobre sua trajetória no futebol, revelou que quase acertou com o Benfica-POR antes de chegar a São Januário e chegou a dizer que mostrará dentro de campo que possui condições de servir o time profissional já na próxima temporada.

Confira uma entrevista exclusiva com Richard, lateral-direito do time de juniores:

Como foi o início da sua carreira? Por quais clubes você passou?

“Eu comecei jogando futsal pelo Náutico, onde fui campeão brasileiro de clubes, e pelo time do Colégio Santa Emília, onde fui campeão brasileiro escolar. Depois tive a oportunidade de ir para o Benfica-POR, onde passei um ano e evolui muito meu futebol. Por conta da minha idade, era menor de idade, não conseguiram realizar minha transferência para jogar no futebol português. Foi quando voltei para o Náutico e fui disputar o Campeonato em Carpina. Foi lá que o Torando, o Manfra e Almir me viram jogar e mandaram me contratar. Estou até hoje no Vascão”.

Fala um pouco sobre essa sua passagem pelo Benfica. Quando surgiu o convite? O que você mais aprendeu lá?

“O convite surgiu quando o Cláudio, que me ajudava, foi conversar com o ex-jogador Rinaldo e falou sobre mim. A conversa foi boa e graças a Deus deu tudo certo. Fui para Portugal fazer teste e fui aprovado. No Benfica, evolui minha capacidade técnica e melhorei também minha capacidade tática. Aproveitando a oportunidade, agradeço aos mestres Renato Paiva e Nuno Cardoso, com quem trabalhei lá em Portugal. Também agradeço pelo imenso apoio que Jordão Felix me deu em Portugal Ele é um grande amigo e sempre serei grato a ele”.

Não tinha jeito de você ficar por lá mesmo?

“Tinha jeito, mas eu era novo, tinha apenas 15 anos, e ficar três anos só treinando não seria bom para mim. Eu precisaria muito de ritmo de jogo. Foi por conta disso que conversei com o Benfica e cheguei à conclusão de que o melhor seria eu voltar para o Brasil. O Benfica tentou, mas a FIFA não aceitou a minha transferência”.

Aí você voltou ao Brasil e fechou com o Vasco. Conta um pouco sobre essa sua negociação e sua chegada ao Vasco. O que você pensou quando recebeu a proposta do clube? Era tudo aquilo que você imaginava mesmo?

“Eu já pensava muito em sair do Náutico e ir para um clube de grande expressão. Foi quando meu atual empresário entrou em contato comigo, chegamos a um acordo e fechamos com o Vasco. Fiquei muito feliz quando fechei com o Vasco, pois senti que era um grande passo na minha carreira”.

Como foi sua trajetória no Vasco até agora? Por quais categorias você passou? Qual treinador mais te fez evoluir dentro do clube?

“Eu cheguei ao Vasco no final de Setembro para atuar na categoria Juvenil. Ainda não conquistei nenhum título, mas creio que essa conquistar irá chegar. O Tornado foi um treinador que me fez evoluir bastante. O meu atual treinador, o Sorato, também está me ajudando a crescer como jogador”.

Você sempre foi lateral-direito? Quem foi que te colocou nessa função? Aproveitando, nos fale sobre suas principais características, como você gosta de jogar.

“Eu era volante. Na época que era do infantil do Náutico, o treinador Márcio estava sem lateral e me testou na posição, onde estou até hoje. Minhas características são a boa batida na bola e os avanços ao ataque. Gosto bastante de apoiar e sempre procuro fazer jogadas diferentes que um lateral comum faz. Busco também sempre dar bons cruzamentos para os atacantes”.

Você vem de um Estado que sempre forneceu grandes jogadores para o Vasco. Juninho Pernambucano e Ademir de Menezes são exemplos. É muita responsabilidade para você ter que dar prosseguimento a essa 'tradição'?

“Eu creio que sim. Para mim é uma honra está no clube onde esses grandes jogadores fizeram história. Com certeza é uma grande responsabilidade, mas espero dar muita felicidade para o Vasco”.

Como é ficar longe da família? Sente saudades dos seus pais, familiares? Que mensagem você deixaria para eles e todos que torcem no Recife por você?

“É muito difícil ficar longe da família. Sinto muita saudade, mas tenho um grande objetivo na minha vida e estou bastante focado nisso. Gostaria de mandar um beijo para a Izabella, um abração para os meus amigos Rudá, Ítalo, Arthur e Rodrigo e para todos da minha família que estão torcendo por mim no Recife”.

Você sempre foi lateral-direito? Quem foi que te colocou nessa função? Aproveitando, nos fale sobre suas principais características, como você gosta de jogar.

“Eu era volante. Na época que era do infantil do Náutico, o treinador Márcio estava sem lateral e me testou na posição, onde estou até hoje. Minhas características são a boa batida na bola e os avanços ao ataque. Gosto bastante de apoiar e sempre procuro fazer jogadas diferentes que um lateral comum faz. Busco também sempre dar bons cruzamentos para os atacantes”.

Você esperava ser tornar titular do Vasco Juniores tão rápido?

“Não esperava não, mas graças a Deus tive a oportunidade e aproveitei”.

Você é um jogador que gosta de cobrar faltas, como você bem frisou acima. Já pegou algumas dicas com o Juninho Pernambucano, seu conterrâneo? Ele serve de inspiração para você?

“Ainda não peguei não, mas espero um dia pegar. Ele serve muito de inspiração para mim, tanto dentro como fora de campo”.

Como você avalia sua primeira temporada como Juniores?

“Acho que fiz uma temporada boa e espero evoluir cada vez mais. Vou melhorando aos poucos”.

O que você espera do Brasileirão sub-20?

“Espero que possamos realizar um excelente campeonato e trazer o título, o que é mais importante”.

Você vem sendo bastante elogiado pela torcida vascaína. Como você recebe todo esse carinho?

“Eu me sinto muito feliz pela força que a torcida vascaína está me dando. Espero corresponder da melhor forma”.

Quais são seus objetivos para 2013? Pensa em chegar ao elenco profissional?

“Meu principal objetivo em 2013 é chegar ao profissional. Enquanto isso não acontece, irei continuar trabalhando forte para saber aproveitar a chance quando ela chegar”.

E como é essa sua comparação com o rapaz que canta a música 'Camaro Amarelo'? Você se acha parecido mesmo? Rola uma brincadeira na concentração dos jogadores do Júnior?

“Eu acho que eu não pareço com ele (risos), mas como todos estão falando (risos). O pessoal sempre tira onda sobre o Camaro Amarelo sim, faz parte do nosso dia-dia isso”.

Que mensagem você deixa para a torcida vascaína?

“Primeiramente queria agradecer pelo grande apoio que todos estão me dando. Queria dizer que farei de tudo trazer felicidades a todos sempre que estiver jogando pelo Vasco da Gama”.

FICHA TÉCNICA:

Nome Completo: Richard Martinho Mesquita Lopes de Souza
Data de nascimento: 03/04/1995
Local de Nascimento: Recife - Pernambuco
Altura: 1,73 m
Peso: 71kg

Fonte: Blog do Carlos Gregorio Jr