O que o Cruzeiro de 2011 tem em comum com o de 2012? As campanhas não foram as desejadas pela torcida celeste. No ano passado, uma luta árdua contra o rebaixamento, terminando apenas uma posição acima da degola, em 16º. Na temporada atual, uma nona posição longe do agrado de torcedores acostumados a lutar pelo título. Mas de uma coisa os cruzeirenses não podem reclamar: dos pênaltis. Em 2011, com nove penalidades marcadas a seu favor, foi o líder no quesito ao lado de Santos e Grêmio. Esse ano fechou com o mesmo número, mas na liderança isolada das marcações (veja um dos pênaltis no vídeo acima, na vitória por 1 a 0 sobre o Sport, pela quarta rodada).
O curioso é que houve uma mudança no aproveitamento. Montillo (três vezes) e Victorino (uma vez) desperdiçaram quatro das nove oportunidades enquanto o time brigava para não cair. Em duas delas, poderia ter contribuído com dois pontos conquistados. Contra Santos e Corinthians a Raposa foi derrotada por 1 a 0, com o meia argentino mandando para fora. Nas outras duas chances, pouco mudaria. Quando Victorino acertou o travessão, o Flamengo venceu por 5 a 1. E quando Montillo parou em Felipe, o time venceu o Avaí por 5 a 0.
Em 2012, porém, apenas Borges mandou longe da baliza uma das nove cobranças da marca da cal. Foi contra o Internacional, pela 27ª rodada. O jogo terminou 0 a 0. Vale lembrar que o atacante converteu inicialmente. Mas o juiz Paulo Cesar Oliveira mandou voltar apontando uma invasão. Na segunda chance, ele mandou por cima.
Nas oito vezes em que o árbitro assinalou a penalidade, cinco delas pararam nos pés de Wellington Paulista. Todas convertidas, o que fez do atacante o que mais converteu pênaltis ao lado de Ronaldinho Gaúcho, do Atlético-MG. As outras três cobranças que terminaram em gol foram de Montillo (duas vezes) e do próprio Borges (uma vez). Destes oito jogos com gols de pênalti, sete foram vencidos, sendo três por um gol de diferença (Botafogo, Sport e Palmeiras). A única derrota foi no 3 a 1 a favor do Grêmio, na nona rodada.
Mas outra curiosidade marca as duas temporadas, que teve 116 penalidades em 2011 e 88 em 2012. Se o Flamengo não teve nenhum pênalti a favor em 2011, em 2012 foi a vez do Internacional. E se o Figueirense não teve nenhum pênalti contra em 2011, em 2012 foi a vez do Corinthians.
Individualmente, alguns dados interessantes sobre o Brasileirão 2012. Eron (Atlético-GO), Ibson (Flamengo) e Jô (Atlético-MG), com três cada, foram os jogadores que mais sofreram a falta na área. Índio, do Internacional, o que mais cometeu, com três. No quesito cobranças desperdiçadas Luis Fabiano terminou como líder, com três. E Fábio (Cruzeiro), Fernando Prass (Vasco) e Saulo (Sport), foram os que mais defenderam, com duas cada um.
Veja os números de pênaltis marcados a favor e contra em 2011 e 2012: