A oportunidade de brilhar nas Paralimpíadas Rio 2016 está mais próxima dos atletas brasileiros, depois dos Jogos de Londres deste ano. O excelente resultado obtido na competição inspirou a nova geração a buscar melhores resultados em território nacional.
O Brasil tem 45,6 milhões de deficientes físicos. Do total, 3,8 milhões vivem no Estado do Rio, segundo dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Londres 2012, a delegação brasileira de 182 atletas teve um desempenho recorde: arrebatou 43 medalhas (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes), garantindo o sétimo lugar geral. Daniel Dias, de 24 anos, tornou-se recordista na natação com nove medalhas (seis nas últimas Olimpíadas).
Murilo Barreto, coordenador nacional de Natação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), lembra que essa foi a modalidade que mais trouxe medalhas para o país, e diz ver nas piscinas a motivação dos novos atletas:
— Eles estão comprometidos e capacitados. Superaram a barreira do preconceito.
No atletismo, um dos destaques foi Alan Fonteles, de 20 anos, que ganhou o ouro nos 200 metros classe T44 (classificação de acordo com a limitação do atleta).
POUCOS ESPAÇOS DISPONÍVEIS
Encontrar locais de treino ainda é difícil. Dos grandes clubes de futebol, apenas Vasco, Botafogo e Corinthians têm programas paralímpicos. O Pinheiros (SP) oferece esgrima, remo e natação; e o Tijuca, no Rio, natação.
O Vasco oferece aulas gratuitas de vôlei sentado masculino, natação e futebol, e tem 102 paratletas. O Botafogo é parceiro do Instituto Superar, que ergue um centro de treinamento em Guaratiba, na Zona Oeste.