A imagem do Vasco perante a Justiça não é das melhores. Após petição do clube, que tentou reduzir a penhora de 100% para 2,5%, a Fazenda entrou com outro documento derrubando os argumentos usados pelo Cruz-Maltino – dentre eles, de que a penhora impossibilitaria as atividades da instituição – para que a diminuição fosse concedida.
Nos documentos, o Vasco é chamado de “devedor costumaz”, lembrando que o clube não vem honrando seus compromissos tributários de maneira regular. Há também a recordação de que até mesmo o parcelamento do programa Timemania não vem sendo pago desde 2008, o que é apontado como indício de descaso da diretoria.
Há ainda a afirmação que, fora a penhora, o Vasco permanece movimentando grandes valores nos caixas, como verbas obtidas através de contrato firmado com a TV fechada, bilheteria, licenciamento de marcas, dentre outras fontes de renda, ressaltando ainda a negociação de direitos de jogadores. Segundo informação do balanço de 2011 (que ainda não foi aprovado), o clube atingiu a marca de R$ 136 milhões.
“Nesse contexto não há como aceitar a tese de que as penhoras determinadas impossibilitam a atividade do executado, levando-o à uma situação falimentar. Muito pelo contrário!”, diz trecho do documento.
De acordo com a Fazenda, o Vasco utilizou argumentos genéricos, desprovidos de qualquer suporte.
Novo balanço em dezembro
O balanço de 2011 com as correções deverá ser apresentado em meados de dezembro. O prazo pedido pela diretoria para que os documentos fossem analisados novamente termina antes do Natal e nova reunião deve ser marcada.
A diretoria conseguiu que o prazo de 60 dias para reavaliar e corrigir os erros fosse aprovado após um acordo entre o presidente Roberto Dinamite e o ex-mandatário Eurico Miranda, que não votou contra a decisão.
O Conselho Fiscal encontrou inúmeras irregularidades, entre elas, nos contratos que envolvem o programa de sócios “O Vasco é meu” e com a Penalty, fornecedora de material esportivo.
Fonte: Lancenet