O Vasco vive uma situação caótica em termos financeiros – com todas as suas receitas bloqueadas – e tenta encontrar soluções para pagar suas dívidas e acertar salários com jogadores e funcionários. Dessa forma, negociar um de seus principais atletas poderia ser uma solução. Mas na visão atual da diretoria, “sacrifcar” Dedé é algo impensável. Embora tenha consciência de que o valor de mercado é alto (a multa rescisória é cerca de R$ 70 milhões) e saiba que o zagueiro é constante alvo de interesse da Europa, o clube se recusa a enxergar o Mito como sinônimo do fim dos problemas.
- De todas as soluções que buscamos, nenhuma delas passa por negociar o Dedé - resumiu o diretor de futebol do Vasco, Daniel Freitas.
Na semana passada, Giuliano Aranda, um dos empresários de Dedé, esteve em São Januário. Em pauta estava a situação econômica do clube e as possíveis perspectivas para dar fim ao atraso de salários do Vasco, que chega a três meses. O agente reconheceu que essa é uma questão levada em consideração no momento de pensar o futuro do zagueiro. Mas deixa claro que, por enquanto, o jogador não tem a intenção mudar de ares.
- Claro que sempre há consultas de clubes estrangeiros, mas nenhuma proposta concreta até o momento. Essa questão dos atrasos de salários é relevante, então é bom sabermos exatamente o que se passa. Mas de qualquer maneira, não será por isso que teremos pressa em fazer qualquer negociação. Tudo está sendo conduzido da forma mais tranquila possível - explicou Aranda, que é o ex-centroavante Magrão.
Depois de uma temporada de 2011 espetacular (61 partidas e 12 gols pelo Vasco), Dedé teve um ano de 2012 marcado por duas lesões, ambas na perna esquerda – disputou 38 jogos e fez apenas um gol. A segunda, já no fim do Brasileirão, causou seu afastamento dos gramados até 2013. O zagueiro recentemente estendeu seu contrato até o fim de 2015 e passou a ser um dos maiores salários do elenco.
Fonte: GloboEsporte.com