A movimentação de policiais civis e viaturas da Divisão de Homicídios no entorno do Engenhão chamaram atenção antes do clássico entre Flamengo e Vasco, na noite deste sábado. Com efetivo de 55 policiais e quatro delegados, a intenção era monitorar os torcedores por causa de informações de supostos confrontos entre flamenguistas e vascaínos, e também dar prosseguimento à Operação Fair-Play, que prendeu oito integrantes da Torcida Jovem do Flamengo na última quinta-feira, suspeitos de envolvimento no assassinato de Diego Martins Leal, em agosto do ano passado, em Tomaz Coelho, subúrbio do Rio.
- Tivemos a informação de que neste jogo poderia acontecer o revide da torcida do Vasco por conta do assassinato do torcedor. É um trabalho de prevenção e também um prolongamento à Operação Fair-Play. É uma operação pontual por causa das informações que conseguimos. Estamos monitorando toda movimentação de torcedores – afirmou o delegado Giniton Lages, que confirmou que dois integrantes da Torcida Jovem do Flamengo são considerados foragidos.
Um dos policiais à paisana carregava uma câmera filmadora para registrar a movimentação dos torcedores. Mas nenhum incidente foi registrado até o momento no Engenhão, e nenhuma prisão foi efetuada. O movimento de torcedores é muito pequeno para o clássico. A Torcida Jovem do Flamengo não estendeu faixa no interior do estádio.
Além de prender oito integrantes da Torcida Jovem do Flamengo, a Operação Fair-Play apreendeu armamentos, drogas e dinheiro falso nas residências dos presos. Havia também muito material oficial do clube, como camisas de jogo ainda com etiqueta. Foram apreendidos também veículos que serviam para fazer escolta dos torcedores.
- O que nos causa surpresa, além de todo material, é o conhecimento de ensinamentos militares que esses torcedores possuem - disse o delegado Rivaldo, na ocasião da prisão.
Fonte: GloboEsporte.com