Sem previsão de ter de volta as receitas penhoradas pela Justiça em favor da Receita Federal, o Vasco pode nem ver mais a cor deste dinheiro em 2012. Os advogados do clube esperam a decisão judicial do pedido de redução de penhora para apenas 5% da renda dos patrocínios e de direitos de transmissão. Porém, como não há prazos e o judiciário entrará em recesso em menos de um mês, o caso pode ser resolvido apenas em janeiro.
Enquanto isso, o clube busca alternativas para quitar as dívidas com funcionários e jogadores. Já são dois meses de salários atrasados, fora os direitos de imagem. Uma das saídas é a ajuda dos vascaínos ilustres que frequentemente têm emprestado dinheiro ao clube a fim de contratar jogadores, como nos casos de Éder Luís e Fellipe Bastos, recentemente. O Vasco vem tendo dificuldade de obter empréstimos com bancos.
Em janeiro, o clube deveria receber a última parcela do contrato com a Eletrobras, que termina no meio do ano, no valor de R$ 8 milhões. A empresa não vai renovar o acordo com o clube. No entanto, sem possuir as certidões negativas de débito, o Vasco não pode pôr as mãos diretamente nesta verba. Os frequentes atrasos nos pagamentos em dois meses ou mais permitem que os funcionários e os jogadores entrem na Justiça do Trabalho, através do sindicato dos clubes, e consigam receber o dinheiro com a finalidade de quitar os salários.
Enquanto a diretoria não resolve as pendências, o time tenta encerrar o ano de forma digna. Após fazer as pazes com a vitória diante do Coritiba, o Vasco terá os clássicos com Flamengo e Fluminense nas duas últimas rodadas. Para o jogo de amanhã contra o rival rubro-negro, o técnico Gaúcho testou ontem mais mudanças: Abuda e Dakson no meio-campo, deixando Carlos Alberto, já recuperado da dor no púbis, entre os reservas. Ontem, os jogadores visitaram a Vila Olímpica do Salgueiro.
Fonte: O Globo