Fora de ação provavelmente nos três últimos jogos do Brasileirão, Alecsandro é um dos titulares que pode deixar o Vasco no fim da temporada. A insatisfação com a crise financeira vivida pelo clube, que se intensificou recentemente, fez com que o atacante desse sinal verde para seu empresário procurar outro destino a partir do dia 3 de dezembro. Até agora, garante Oldegard Filho, ainda não há sondagens pelo camisa 9, mas as chances de permanência não parecem grandes.
O artilheiro cruz-maltino na competição, com dez gols, marcou apenas duas vezes no segundo turno e tem convivido com lesões - primeiro foi na coxa e, depois, na panturrilha. A ponto de o departamento médico não acreditar que ele entre mais em campo na temporada, a exemplo de Juninho, com fadiga muscular.
Ao longo de 2012, porém, Alecsandro fez 58 partidas (26 gols) e segurou a barra quando não havia um substituto, já que Tenorio operou o tendão de Aquiles em fevereiro. Seu contrato vai até fevereiro de 2014, mas uma proposta que interesse às duas partes pode tirá-lo da Colina.
- Vou me movimentar no mercado para ver se fazemos uma boa colocação para o atleta e para o Vasco. Isso eu tenho certeza de que vou fazer, com a autorização do Alecsandro. Se essa situação continuar, vai ser insustentável para qualquer jogador. Tomara que encontrem uma solução logo - afirmou o agente, que aproveitou para registrar que seu cliente não pensa em acionar o clube na Justiça, como fez o meia Bernardo, por exemplo, sem sucesso.
No início de setembro, o atacante concedeu sua última entrevista coletiva, na qual já mostrava sua chateação com o sombrio cenário. Sua declarações repercutiram muito, e Alecsandro alega que foi mal interpretado. Por isso, tem evitado a imprensa desde então. Neste meio tempo, a queda de rendimento no ataque vascaíno tornou a despertar as críticas dos torcedores.
De acordo com o empresário, é consenso entre grupo e pessoas do meio que a saída de Rodrigo Caetano foi fundamental para que a administração perdesse o controle.
- O Vasco nunca honrou com o pagamento em dia, à exceção da época do Rodrigo Caetano, que brigava muito por isso. Por seis meses, o Alecsandro nunca teve problema. Foi apresentado um plano de carreira para ele, mostrando que tudo que estava sendo oferecido era em cima das receitas. O (José Hamilton) Mandarino (ex- vice de futebol, que saiu há dois meses e meio) ajudou nisso. O clube estava normal, entrou no leito, passou para a UTI e agora infelizmente parece que espera a hora da morte - lamentou.
Fonte: GloboEsporte.com