A rejeição de São Januário como sede do rúgbi nas Olimpíadas de 2016 foi uma decepção. Mas o Vasco ainda espera ter boas notícias em relação ao seu estádio neste ano. A diretoria se diz empenhada em viabilizar a obra que transformaria a Colina e a deixaria com capacidade para 43 mil, mas sabe que para isso é necessário um acordo para que a Prefeitura do Rio de Janeiro faça a revitalização do bairro de São Cristóvão. O presidente Roberto Dinamite espera conversar com o prefeito Eduardo Paes e se diz confiante em conseguir esse aval.
Dinamite espera brevemente apresentar ao prefeito o projeto da arena do Vasco junto da construtora OAS, responsável pela elaboração do estudo, mas sabe que o novo estádio é viável apenas se houver a movimentação externa, principalmente com a melhoria dos acessos a São Januário. Esse investimento poderia, ou não, fazer parte do projeto Porto Maravilha, que prevê a recuperação da Zona Portuária do Rio de Janeiro. No entanto, inicialmente São Cristóvão, extensão natural da área, não estaria contemplado no programa da Prefeitura.
- Tivemos uma primeira posição positiva da Prefeitura, e agora espero me encontrar com o prefeito para ter esse ok. Estamos confiantes - disse o presidente vascaíno.
A última vez em que ambos estiveram juntos foi em uma solenidade pelo aniversário do clube (21 de agosto) na sede náutica, na Lagoa, Zona Sul do Rio. Na ocasião, Paes reafirmou que o estádio receberia o rúgbi e que estava empenhado em começar logo a revitalização.
O projeto do Vasco prevê a arena custeada em 60% pelo BNDES e a fatia restante dividida entre patrocinadores e outros investidores, que poderão até obter o naming rights (direito de batizar o estádio). O custo estimado é de R$ 500 milhões, com as obras durando 30 meses (inicialmente de julho de 2013 a dezembro de 2015), prazo mantido mesmo sem a pressão olímpica. Além disso, há a ideia da construção de um shopping e/ou um hotel anexo.
Depois de o Comitê Organizador do Rio-2016 anunciar que São Januário não sediaria o torneio olímpico de rúgbi, alegando que o estádio não havia oferecido as condições mínimas e não apresentara as garantias financeiras, o Vasco também manifestou a impossibilidade de arcar com R$ 40 milhões necessários para adaptar sua casa aos padrões determinados pelo Comitê Olímpico Internacional, valores que foram repassados ao clube ao longo do processo. Desde então, o prefeito também não se pronunciou a respeito da promessa que fizera.
Fonte: GloboEsporte.com