A queda de rendimento no Campeonato Brasileiro e a crise política fizeram uma vítima idolatrada pela torcida do Vasco. Aos 37 anos, o meia Juninho promoveu feitos importantes em 2012 e marcou o seu melhor período com a camisa cruzmaltina desde 1996. No entanto, os problemas dentro e fora de campo “apagaram” em parte uma jornada de sucesso. O Pernambucano foi cogitado inúmeras vezes pela crítica como forte candidato ao posto de craque da competição nacional. Mas as falhas do Gigante da Colina praticamente abreviaram a possibilidade de gravar ainda mais o nome na história do clube.
A temporada atual de Juninho é acima da média para um veterano. São 49 jogos disputados e 13 gols em partidas oficiais. O capitão ainda marcou um tento no amistoso de despedida de Edmundo. Até o momento, o ídolo da torcida saiu de campo com 25 vitórias, nove empates e 15 derrotas. O aproveitamento de 57,14% é um dos melhores do elenco. O meia ainda é o vice-artilheiro do Vasco no Brasileirão. São sete gols contra nove do companheiro Alecsandro.
Além dos números positivos, a participação de Juninho nas partidas colabora para uma temporada marcante no desempenho pessoal. Mesmo com a idade avançada, o camisa 8 raramente é substituído e mostra um preparo físico melhor do que jovens do elenco. O Pernambucano é o responsável pelas bolas paradas, dinâmica de jogo, assistências e exerce liderança importante nas quatro linhas.
O rendimento fez Juninho traçar o seu melhor período em São Januário desde 1996. Na ocasião, foram 57 jogos disputados e 13 gols marcados, com 29 vitórias, nove empates e 19 derrotas. O jogador precisou de menos partidas em 2012 para superar números marcantes. Curiosamente, as duas melhores jornadas pelo Vasco não terminaram em títulos, o que deixa o próprio atleta e torcedores decepcionados.
O desempenho do capitão será lembrado como o melhor em nove anos na Colina histórica. Mas a possibilidade de ostentar o título de craque do campeonato aparenta ter se esvaído com as seis derrotas consecutivas do Vasco. A transformação de um time que brigou pelo título para uma equipe sem confiança e com chances remotas de classificação para a Copa Libertadores de 2013 explicam a situação desconfortável para Juninho.
O ídolo ainda não decidiu se continuará jogando em 2013. Para o presidente Roberto Dinamite, Juninho é o pilar do elenco e prioridade absoluta. Porém, o meia não disfarça o desgaste com os problemas extracampo e o longo tempo militando no esporte. Restam quatro jogos para o término da temporada. Por mais que a queda do Vasco tenha complicado o posto de melhor jogador do Brasileirão, o camisa 8 ainda pode ampliar os números e colocar ainda mais qualidade em sua principal temporada pelo Gigante da Colina.
Fonte: UOL