Tudo indica que o fim da era Eletrobras no Vasco está próximo. Desde 2009 com sua marca estampada na camisa do Vasco, a estatal passa por um processo de cortes de gastos que deve se estender para os patrocínios esportivos. O contrato com o clube vai até o meio do ano que vem e renová-lo dependerá de reuniões pré-marcadas para janeiro. Em São Januário, há esperanças de um novo acerto, recorrendo até ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vascaíno que foi peça fundamental no acordo para a estreia da empresa no futebol.
Por mais de uma ocasião, no entanto, as relações se estremeceram um pouco e o vínculo chegou perto de ser desfeito, por insatisfação com as dificuldades financeiras do parceiro, que jamais conseguiu receber as verbas no ato dos pagamentos - uma vez que necessita de certidões negativas para comprovar regularização das dívidas com o governo - e também por ligar o nome da Eletrobras a ações judiciais. Ainda faltam, por exemplo, R$ 8 milhões sem previsão de serem creditados nos cofres cruz-maltinos, referente à cota da temporada.
- Tem sido uma política do Vasco dar total preferência, até quando for possível, àqueles que acreditaram no nosso trabalho. E, neste caso, temos a comprovação de que há o retorno para ambas as partes. Os esforços foram feitos para isso, tivemos resultados. O rompimento não foi colocado de maneira explícita para o Vasco, então não descartamos. Há contatos semanais sobre ativações - explicou o vice-presidente de marketing, Eduardo Machado, garantindo, porém, que o clube está se precavendo em caso de fracasso das negociações.
- Não posso esperar o fim de um contrato parado, vamos buscar alternativas. Em qualquer situação é assim. Claro que nunca é fácil uma substituição, mas temos possibilidades - revelou.
A decisão do governo federal em prorrogar as concessões do setor elétrico, homologada em agosto, devem fazer com que a Eletrobras deixe de lucrar até R$ 8 bilhões anualmente.
Além da estatal, que é a patrocinadora master do Vasco, outros três divulgam no uniforme: o grupo do ramo alimentício BFG, a construtora Leduca e a empresa de telefonia Tim. E a quarta marca pode estar próxima. Há uma negociação em andamento para a manga da camisa em um acordo pontual para as últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.
Confira a nota oficial da Eletrobras enviada à reportagem:
"Em virtude da MP-579, que prorroga as concessões do setor elétrico brasileiro, a Eletrobras está analisando com bastante cuidado todos os seus investimentos e despesas. Para manter a competitividade da companhia, já sabemos que precisamos reduzir várias despesas, entre elas, a de patrocínios. No entanto, a Eletrobras ainda não definiu quais os patrocínios atualmente em curso serão afetados e ainda não tem uma data estabelecida para a divulgação das suas ações de redução de custos."
Fonte: GloboEsporte.com