A péssima fase do Vasco pode fazer novas vítimas nesta segunda-feira. Pressionado após a sexta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro e muito criticado nos bastidores, o técnico Marcelo Oliveira deve deixar o comando da equipe cruzmaltina após dez jogos, apenas oito pontos conquistados e uma aproveitamento pífio de apenas 26,6% neste período.
E o mais curioso é que a saída de Marcelo Oliveira pode escancarar outro grave problema do clube, desta vez fora das quatro linhas, envolvendo as finanças vascaínas. O treinador corre o risco de deixar São Januário sem receber um único centavo referente aos salários do período trabalhado.
Como chegou em meados de setembro, só receberia seu primeiro mês no final de outubro. O pagamento, no entanto, foi atrasado. A quantia de outubro, por sua vez, só seria depositada no próximo dia 20, como previamente estabelecido, mas também não deve ocorrer.
Com uma reunião com o presidente Roberto Dinamite para esta segunda-feira, Marcelo Oliveira não se apega ao cargo e já admite mudanças no futebol do Vasco, que podem incluir sua saída.
"Não devo me preocupar com a minha situação e sim com a do Vasco. O clube é muito grande. Vou conversar com o presidente e fazer o que for melhor para todos. Infelizmente, mais uma derrota acaba influindo em todo o trabalho. Principalmente pela tradição do clube. Temos que repensar isso", admitiu o treinador, completando.
"Uma equipe precisa ter bons jogadores e ser competitivo. Temos que ter equilíbrio emocional agora. Não estamos tendo isso, em nenhum aspecto", avaliou Marcelo Oliveira.
Sequência negativa não é novidade
E a combinação jejum de vitória e demissão não será uma novidade para o treinador neste ano. Quando comandava o Coritiba, Marcelo chegou a ficar oito jogos - entre junho e julho - sem saber o que é vencer e acabou sendo mandado embora pelo clube. No Vasco, pelo que se desenhou no último domingo, a única dúvida é se o treinador conseguirá "igualar" os oitos jogos ou será demitido antes.
Caso seja confirmada a saída de Oliveira, o Vasco não deverá ter um novo comandante até o fim do Brasileiro. A tendência é que o auxiliar Gaúcho assuma a responsabilidade de dirigir o time na reta final da temporada enquanto a diretoria avalia um nome para treinar o cruzmaltino em 2013.
Fonte: UOL