Os protestos da torcida do Vasco, fato recorrente em São Januário no segundo turno do Campeonato Brasileiro, ganharam ares de caso de polícia neste domingo, após a derrota por 3 a 0 para o Sport. Um grupo pertencente a uma organizada se posicionou nas cadeiras sociais do estádio, a exemplo do jogo contra o Inter, há dez dias, e reclama de ter sido expulso por seguranças do clube após intensificar as críticas no segundo tempo.
Ao se recusarem a sair, por serem sócios e terem pagos ingresso, os cruz-maltinos alegam que foram agredidos. Dois deles foram à 17ª Delegacia, em São Cristóvão, para prestar queixar contra supostos furtos e fazer exame de corpo de delito. De acordo com o presidente da torcida, Davidson de Mattos, a Polícia Militar até evitou o pior ao improvisar um corredor para que a saída fosse menos confusa. Isso tudo aconteceu antes mesmo do fim da partida.
- Fizemos um protesto pacífico, ninguém xingou, só falou da péssima administração. Além das agressões, segundo eles a mando do presidente (Roberto Dinamite). Foram roubados alguns dos celulares do pessoal. O mais incrível é que o Gepe teve que abrir espaço para sairmos. Queriam impedir nossa circulação no estádio, mas isso não existe, não vamos aceitar - afirmou Davidson, historiador de 46 anos, que é sócio-proprietário do Vasco.
Diante da péssima fase, redução a quase zero das chances de se classificar à Libertadores de 2013 e iminente saída do técnico Marcelo Oliveira, a presença de público até foi razoável (3.809 pagantes e 6.569 presentes) neste domingo. Os confrontos com Portuguesa (2.464 pagantes) e Palmeiras (1.996), ambos em setembro, tiveram menos gente.
- Se ele (Roberto Dinamite) pensa que vai mudar alguma coisa fazendo isso, está enganado. Vamos voltar contra o Atlético-MG e fazer o mesmo - prometeu Davidson, sobre o jogo de domingo que vem, o último do Vasco em sua casa na competição.
Procurado para se manifestar a respeito das acusações, Dinamite manteve seu telefone celular desligado durante a noite.
Fonte: GloboEsporte.com