Após o anúncio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de que São Januário não será a sede do rúgbi nos Jogos Olímpicos Rio-2016, com a justificativa de que o Vasco enviou um projeto incompleto até a data-limite (31 de outubro), um dos dirigentes do clube envolvidos diretamente no assunto, Eduardo Machado, vice de marketing do Cruz-Maltino, se pronunciou através de sua página pessoal no Facebook para comentar o assunto. Na véspera, o único integrante do alto comando que quis falar a respeito do tema foi o vice de patrimônio, Manuel Barbosa.
Machado comparou o projeto de reforma de São Januário para sediar as Olimpíadas do Rio de Janeiro com o projeto olímpico do Vasco para os Jogos de Sydney, em 2000, que acarretou em uma série de dívidas com atletas que disputaram a competição patrocinados pelo clube e não receberam o combinado. O dirigente ainda ironizou o COB por ter decidido de forma rápida que o estádio estava descartado para 2016, mediante o dossiê que recebeu.
- Dou os parabéns ao COB, pois decidir um assunto de tamanho impacto social, envolvendo prefeitura, e uma entidade secular como o nosso Vasco da Gama na véspera do feriado, em menos de um dia útil completo, é realmente de uma agilidade exemplar - disse Machado, em trecho do texto postado na rede social na manhã desta sexta-feira.
O dirigente ressaltou ainda que o projeto da nova arena de Sâo Januário continuará sendo tocado e que o clube vai continuar apoiando o rúgbi, mesmo não sendo a sede olímpica. No fim, Eduardo Machado conclamou os vascaínos para se unirem pelo sonho da reforma do estádio, lembrando da construção dele, há 85 anos, pelas mãos de seus torcedores.
O fato é que até o meio do ano o clube tratava a visibilidade oferecida pelas Olimpíadas como o carro-chefe para o retorno dos investimentos realizados. O estudo de viabilidade foi entregue pela LusoArenas, e a construtora OAS, interessada do trabalho, se tornou uma consultora para ter preferência na licitação posterior. Mas as adequações exigidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) perturbaram muitos conselheiros, que já não eram a favor da mobilização e acreditavam que a cessão da Colina depois das obras já era suficiente. A saída de Nelson Rocha e Fred Lopes, que lideravam as negociações, também influenciaram.
Fonte: GloboEsporte.com