Foram apenas 14 jogos no ano todo. Como ele mesmo diz, quase nada. Mas os cinco gols, o alto astral, as frases de efeito e a disposição foram suficientes para fazer de Tenorio uma esperança vascaína de sair do marasmo na reta final de Brasileiro. O equatoriano voltou a treinar com bola esses dias e vai para o banco no jogo contra o Sport, domingo, em São Januário. Mas longe das condições ideais.
Cumprindo rotina especial desde a última lesão na coxa, o equatoriano aplica gelo no corpo três vezes na semana após os treinamentos. A crioterapia é importante para proteger o jogador da inflamação dos músculos depois de novo período longo em inatividade. No início do ano, o rompimento do tendão de Aquiles deixou Tenorio afastado do time por cinco meses.
— Tenorio não vai voltar ainda na plenitude. Clinicamente está recuperado, mas não tem tempo para recondicioná-lo de maneira ideal ainda. Não digo que aceleramos o processo (de recuperação), mas ele ainda precisa desenvolver outras valências de ordem física — avisa o fisiologista do Vasco, Daniel Gonçalves.
Jogador de 1,82m e cerca de 80 kg, Tenorio tem explosão como ponte forte — ele era velocista até realizar primeiros testes em clubes, aos 21 anos. Em jogos, costuma atingir até 36 km/h, segundo o fisiologista do Vasco, que tem controlado a participação do atleta de 33 anos nos treinamentos do time. Neste período de retorno, Tenorio deve jogar apenas um tempo nos jogos, com capacidade menor de arranque em direção ao gol.
— A comparação na qual ele perde neste momento é dele contra o próprio Tenorio. Ele vai estar abaixo do que pode fazer neste momento — explica Daniel, que espera tê-lo desde o início na pré-temporada de 2013 para colocar o Demolidor em ponto de bala.
Nessas semanas, enquanto o grupo treinava por 1h20m, o jogador era poupado dos últimos 30 minutos do treinamento. — É preciso dosar a carga — explica.
Fonte: Extra