Substituto de Cristovão Borges no comando do Vasco, Marcelo Oliveira chegou ao clube em setembro com uma missão bem definida: retomar as atuações da equipe no primeiro turno e voltar à briga pelo título do Brasileirão. No entanto, com aproveitamento ainda pior do que o com o antecessor, o Vasco deixou o G-4 depois de 54 rodadas - marca acumulada desde o ano passado. Apesar de admitir que a vaga na Libertadores ficou distante depois da quinta derrota consecutiva, o técnico promete não abandonar o barco antes do fim do contrato, em 2013.
Com Marcelo Oliveira, o Vasco tem aproveitamento de somente 29,6% dos pontos, semelhante ao de times na zona do rebaixamento do Brasileiro. A derrota contra o Corinthians, neste sábado, só deve aumentar a pressão sobre a equipe, obrigada a contornar problemas de atraso nos salários e afastar-se dos problemas políticos do clube. Marcelo prefere encarar a dura realidade do momento, e admite não ter um padrão de jogo.
- Chegamos com essa missão, de retomar o primeiro turno bom. Por isso houve a troca de técnico. A expectativa era muito boa no trabalho. Mas vivemos dificuldade para encontrar o melhor time. Nosso jogo contra o Botafogo foi o melhor. O que for treinável: de organização de treino, preparação, mobilização e confiança, estamos prontos para realizar. Vivo cada trabalho intensamente, não desisto nunca - garantiu o treinador.
O técnico também destacou que não imaginava ter um começo tão ruim no comando do Vasco e que o time sofre com as perdas de Alecsandro e Tenorio, que, lesionados, desfalcaram o time contra o Corinthians.
- Nunca pensei que teria cinco derrotas. Nunca penso em derrotas. Trabalhamos com confiança, intensamente. A cada jogo venho com pensamento positivo, e foi assim contra o Corinthians. Não é nada disso que eu tinha imaginado, mas é a realidade. Atrapalhou o fato de termos perdido jogadores importantes no setor ofensivo. Criamos até a intermediária, mas na hora de concluir temos dificuldade - completou.
Em meio à crise política e a saída de vice-presidentes, Roberto Dinamite reduziu suas aparições públicas e foi cobrado pela torcida. Para tentar dar um ponto final às especulações e frear o mau momento do clube, o presidente convocou uma entrevista coletiva para esta terça-feira - fato comemorado por Marcelo Oliveira. O técnico concorda que o Vasco pode ter seu “dia D” para dar fim às turbulências políticas, que interferem no dia a dia dos atletas.
- Acho importante minimizar os problemas, ou resolver. Não é fácil ser presidente. Quando se tem problemas, isso reflete no dia a dia do futebol. Esperamos que tudo se resolva, há uma vontade de que isso seja assim. Vai dar mais tranquilidade, mas temos de seguir concentrados. Vamos treinar, nos mobilizar. Refazer para o próximo jogo e ter um fim de ano retomando as vitórias - afirmou o treinador.
Fonte: GloboEsporte.com