O presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno Júnior, confirmou na tarde desta sexta-feira que a futura cobertura do Maracanã começará a ser erguida no próximo dia 22 de novembro. Uma placa no canteiro do estádio já faz a contagem regressiva.
Todo o processo estrutural foi iniciado no mês de setembro, com a fixação de 60 anéis de compressão de 40 toneladas cada um e a chegada dos cabos tensionados, que já estão sendo esticados nas arquibancadas.
Orçada em mais de R$ 859 milhões, a inauguração da obra está prevista para fevereiro do ano que vem e atualmente está com 70% de conclusão.
- Temos novidades. No dia 22 vamos começar a subir nossa cobertura. Inclusive, alguns alemães estão aqui ajudando nesse processo. Estamos trabalhando forte para isso. Sempre tenho dito que o estádio do Maracanã será o melhor do mundo. São os projetos mais modernos – disse ele, que confirmou as instalações das cadeiras apenas para fevereiro.
Após a colocação da estrutura, que tem forma de uma teia de aranha, alpinistas profissionais terão a responsabilidade de instalar a lona, que vai cobrir cerca de 75 mil dos 78.639 lugares do estádio. De acordo com o projeto, cerca de metade da água da chuva que cair sobre a cobertura será captada e drenada por meio de 60 calhas de concreto por um sistema de sucção a vácuo. A água, então, seguirá para dois reservatórios subterrâneos com filtros para tratamento e posteriormente será direcionada aos banheiros.
Gramado ganha sistema de drenagem especial
Quanto ao campo, o sistema de drenagem do Maracanã, que começou a ser implantado nesta semana, tem a capacidade de vazão de água da chuva de 230 milímetros por hora, o dobro da média de precipitação pluviométrica registrada nos meses de dezembro e janeiro, época em que mais chove na região, considerando os índices dos últimos dez anos: 110 milímetros por hora.
De acordo com o engenheiro Daniel Gomes, responsável pela implantação do projeto, o sistema de drenagem escolhido é conhecido popularmente como espinha de peixe. Embora tradicional, a sua capacidade de vazão foi potencializada. A distância entre os dutos de captação da água da chuva, que antes era de 6,3 metros, agora é de apenas quatro metros, e o diâmetro dos drenos passou de 75 milímetros para 150 milímetros.
- A água das chuvas será reaproveitada na irrigação do próprio gramado e nos banheiros, entre outras finalidades. Quando chover, a água escorrerá pelos dutos até um coletor periférico já implantando em torno do campo, de onde será conduzida para reservatórios construídos sob a arquibancada - explicou Gomes através da Secretaria de Estado de Obras.
O sistema consiste na implantação logo abaixo do gramado de uma camada de 30 centímetros de areia misturada com matéria orgânica, que serve de adubo para o gramado, e, mais abaixo, uma faixa de brita. O trabalho termina no fim de janeiro.
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