O Vasco ainda briga por uma vaga no G-4 e convive com duas situações opostas no returno do Campeonato Brasileiro. Adepto da marcação sem violência, o técnico Marcelo Oliveira deu continuidade ao trabalho de Cristóvão Borges neste sentido e mantém o Cruzmaltino como uma das equipes mais disciplinadas do torneio. Com isso, o time comete poucas faltas e quase não perde jogadores por suspensão. Por outro lado, os problemas de desfalque acontecem em razão das lesões, principalmente nesta reta final.
O Vasco é o 13º no ranking de infrações. Nos números do Datafolha, o time comete uma média de 18,5 faltas por partida. Foram 58 cartões amarelos e dois vermelhos recebidos em 31 rodadas até aqui. Nas estatísticas das advertências, o Cruzmaltino ocupa a 19ª posição, perde para o Botafogo nos amarelos (57) e para o Bahia (1) nos vermelhos.
O procedimento é trabalhado diariamente nos treinamentos. Marcelo Oliveira cobra marcação dura de todos os setores, mas sem esquecer o grito “sem falta” a cada disputa mais ríspida. Desta forma, o time evita inclusive as bolas paradas dos adversários, o que é o principal objetivo da tática “anti-cartões”.
“Tenho isso comigo desde sempre e prego para os jogadores todos os dias. Jogar forte é necessário, pois o futebol exige marcação, recomposição rápida e disciplina. Digo sempre para não entrar em polêmica com adversários e arbitragem. Tudo para evitar punições desnecessárias”, explicou o comandante.
Mas se a estratégia funciona na competição integral, as lesões atrapalham de forma significativa o desempenho no returno. Para o jogo contra o Internacional, quarta-feira, às 20h30, em São Januário, Alecsandro e Tenorio estão vetados com estiramentos musculares. Auremir, Douglas, Eduardo Costa, Felipe, Juninho, William Matheus e Eder Luis já foram desfalques em outras oportunidades.
O técnico Marcelo Oliveira entende o processo como natural e espera que o Cruzmaltino consiga amenizar os problemas nos seus últimos sete jogos na competição nacional. “As lesões acontecem em razão do aperto no calendário. Com pouco tempo, a pré-temporada é diminuída e os atletas ficam sem base física para o restante do ano. Temos que saber lidar com isso, superar os problemas e valorizar quem está à disposição”, encerrou.
Fonte: UOL