Ainda se trata de um esboço, até porque falta um mês e meio para a temporada acabar e o Vasco ainda não sabe se vai disputar a Libertadores em 2013. Mas a diretoria já organiza suas prioridades junto à comissão técnica e vai se mexer mais efetivamente no início de novembro. Juninho está no topo da lista de "reforços" ao lado, de pelo menos, cinco contratações. Principal destaque do time no Campeonato Brasileiro, o meia é o único titular com contrato no fim e precisa ser convencido. Dos outros seis nesta situação, apenas o zagueiro Fabrício, aprovado nas chances que teve durante a competição, deve permanecer na Colina.
A estratégia proposta por Rodrigo Caetano, ex-diretor executivo, foi seguida ao longos dos anos e, hoje, o clube cruz-maltino tem grande parte do elenco registrado em vínculos longos, evitando a perda de jogadores sem retorno financeiro, algo que ocorreu com frequência em outros tempos e que, diante do constante atraso de salários, poderia até ameaçar a debandada.
O caso do Reizinho não é complexo. Ainda que também critique cada vez mais impaciente as dificuldades administrativas do Vasco, ele não mudará de casa. Seu desempenho deve animá-lo a encerrar a carreira apenas com 38 anos, no meio ou no fim do ano que vem. As bases salariais dificilmente teriam mudanças importantes - vem recebendo R$ 50 mil a cada vez que entra em campo. No mais, William Matheus e Eduardo Costa jogam com frequência, mas não agradaram, e Chaparro, Diego Rosa e Pipico pouco figuraram sequer no banco de reservas.
A chegada de nomes de impacto, porém, depende diretamente da liberação de recursos. Com o orçamento padrão, a cúpula problemas para seduzir revelações e destaques rivais. A expectativa é pela concretização do novo fundo de investimento de vascaínos ilustres, como foi feito em 2010, pelo desbloqueio de cerca de R$ 8 milhões retidos na Receita Federal e do dinheiro da venda de Diego Souza, que chega a R$ 5 milhões, e passa por decisão na Fifa, já que o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, deu calote na negociação, realizada em junho. Lucca, do Criciúma, seria o plano A no mercado, mas vai operar o joelho e para por seis meses.
A tendência é que a lateral esquerda, a cabeça de área, a meia e o ataque sejam reforçados. Para´a primeira posição, o técnico Marcelo Oliveira vem improvisando Wendel e, para as duas últimas, a diretoria tentou contratar antes do fechamento das janelas de transferências. Felipe ainda é incógnita. Chateado com seu aproveitamento com Cristóvão Borges, chegou a ser multado por ter jogado futevôlei na praia em dia de partida para a qual estava vetado por lesão. Está sob contrato até o fim de 2013, mas uma reunião entre as partes definirá o futuro. Outros como Max, Renato Augusto, Abuda e William Barbio também podem pintar na barca.
Desde que chegou, em setembro, Marcelo Oliveira vem batendo na tecla do inchaço do grupo, que passou a contar mais com a garotada no segundo semestre. Ele não abre mão da redução dos quase 40 jogadores para cerca de 30. Portanto, aqueles que não passarem nos testes das rodadas finais do Brasileirão, têm chances de ser emprestados para ganhar experiência.
Nesta quarta-feira, o Vasco encara o Inter, às 20h30m, em São Januário. Caso quebre a sequência de três derrotas e supere o adversário, vai ficar a dois pontos do São Paulo novamente, já que o Tricolor foi batido pelo Flamengo no último domingo, no Engenhão.
Fonte: GloboEsporte.com