Sem ter para onde correr por causa dos desfalques, o técnico Marcelo Oliveira não viu outra alternativa que não improvisar o apoiador Carlos Alberto como atacante contra o Botafogo. Porém, a ação, até então emergencial, pode virar uma solução daqui para a frente. Com dois gols e boa atuação, o camisa 10 já extraiu do treinador o aceno de que deve ser mantido na posição.
O desempenho do meia foi expreciso não apenas pela boa atuação e por ter balançado a rede duas vezes. De acordo com número do Footstats, ele teve sete finalizações na partida (quatro certas e três erradas). Para se ter uma ideia, nenhum atacante de ofício do elenco cruz-maltino somou esta quantidade em uma partida do Campeonato Brasileiro. O máximo que Alecsandro, Tenório e Eder Luis conseguiram, por exemplo, foram quatro.
O quesito tem seu peso, já que foi justamente esta questão uma das mais debatidas por Marcelo Oliveira tão logo assumiu o comando do time: o baixo índice de finalizações do time de São Januário nas partidas.
Apesar de ainda se ver como um "quebra-galho" na posição, Carlos Alberto já enxerga vantagens em atuar naquele território.
- O que mais ajuda é a movimentação do pessoal todo. É uma posição em que você fica um pouco mais energizado, porque não combate tanto quanto no meio de campo. O Marcelo (Oliveira) me dá confiança e me deixa à vontade - disse, para depois destacar o empenho que vem tendo nos treinamentos.
- Estou trabalhando sério, sem brincadeiras - salientou.
Adorando um discurso humilde no novo momento na Colina, o camisa 10 frisou que não pretende escolher posição na equipe:
- Desde que voltei, o objetivo sempre foi ajudar. Se surgiu essa oportunidade, sem problema algum.
Fonte: Lancenet