Após se sentir injustiçado com a denúncia pela ida ao vestiário antes de realizar coleta em exame antidoping, no jogo entre Ponte Preta e Vasco, Juninho Pernambucano saiu aliviado com a advertência que recebeu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta sexta-feira, dia 19 de outubro. O experiente meia foi enquadrado em artigos do Código Mundial Antidoping e poderia ser suspenso por até dois anos do futebol.
“Saio até melhor agora no final do julgamento do que quando cheguei, por tudo ter sido dito e esclarecido, e em relação a que o julgamento não era por tentativa de burlar o exame antidoping ou por que o exame deu positivo. Expliquei também que, quando soube da notícia pela primeira vez, a grande preocupação era isso, se no exame antidoping tinha dado alguma coisa errada, mas depois que vi que era apenas por não ter ido ao vestiário, passei a compreender melhor. Como falei quando cheguei, me senti um pouco injustiçado por ter que vir aqui, mas o resultado me deixa feliz e satisfeito”, declarou Juninho, que esteve presente no julgamento na sede do STJD, no Centro do Rio de Janeiro.
Ao anunciar o resultado do julgamento, o presidente da Quarta Comissão Disciplinar, Paulo Bracks, ressaltou que a medida era educativa e que espera um novo comportamento dos atletas brasileiros a partir de agora. Juninho afirmou ter entendido o procedimento e também acredita que seu caso e os do lateral Juan, do Santos, e do goleiro Berna, do Fluminense (ambos julgados pela mesma situação), servirão como exemplo.
“Como eles (auditores) falaram, foi uma medida pedagógica em que, a partir de agora, nenhum dos jogadores irá mais ao vestiário antes de fazer a coleta do controle antidoping. Ainda não muda a minha opinião de que 15 ou 10 minutos possam mudar alguma coisa em relação ao resultado final do controle, mas, se é uma norma a ser cumprida, mesmo jogando fora de casa, que é o meu caso, onde eu precisava pegar minhas coisas e tomar banho para não perder o voo, todo mundo não vai mais arriscar e vai direto agora. O caso acabou tendo muita repercussão por, querendo ou não, ser ligado ao doping. Mas como todos puderam entender, nunca foi colocado em dúvida que eu, o Juan ou o Berna teríamos nos negado a fazer o controle, e serve como experiência”, destacou.
Para encerrar, Juninho declarou que o caso servirá de aprendizado não só para os novatos no futebol brasileiro, mas também para ele próprio, que está há quase 20 anos atuando como profissional.
“A minha grande preocupação era sobre o meu rendimento em campo, mas essa nunca foi a preocupação real deste caso. Serve como aprendizado e, mesmo em final de carreira, a gente aprende todos os dias”, finalizou o ídolo vascaíno, que segue liberado para ajudar seu time na sequência do Campeonato Brasileiro.
Fonte: Site Justiça Desportiva