A notícia que agitou o ambiente do Vasco nesta quarta-feira nada tem a ver com o clássico contra o Botafogo. Juninho pode pegar suspensão de até dois anos por ter descumprido o código antidoping no jogo contra a Ponte Preta, em setembro. No entanto, o caso é visto com desconfiança em São Januário, não só pela conhecida boa conduta profissional do jogador.
Juninho nada fala sobre o caso, deixando esse papel para seus advogados. Quem tomou a palavra foi Aníbal Rouxinol, vice jurídico do clube. "O jogador não vai se manifestar no momento. Nossa preocupação agora é preparar a defesa", disse.
O médico Albino Pinto, que acompanhava o Juninho na ocasião, estranhou o caso. Segundo ele, "logo após a partida o jogador pediu para pegar sua bolsa no vestiário, o que demorou apenas alguns segundos".
"Ele pediu e recebeu consentimento do responsável pelo exame que nos acompanhava. Foi uma questão de segundos", argumentou Albino.
O que se levantou no clube é que o auditor do TJD responsável pela denúncia, Vanderlei Godói Júnior, é ligado à ANAF, Associação Nacional dos Árbitros de Futebol. Logo depois do jogo contra a Ponte, Juninho fez duras críticas à arbitragem. O que se levanta no Vasco é a possibilidade de a denúncia não passar de uma represália.
A hipótese foi levantada com base na recente polêmica envolvendo a suspensão de Ronaldinho Gaúcho no jogo do Galo contra o Internacional, após denúncia do auditor do STJD Jonas Lopes de Carvalho Neto, flamenguista assumido. Meses antes da decisão jurídica ele havia publicado foto-montagem em seu perfil no Facebook manifestando seu ódio de torcedor rubro-negro pelo jogador do Atlético-MG.
Fonte: O Dia Online