Quarto colocado no Campeonato Brasileiro com 50 pontos, o Vasco faz boa campanha, mas sofre com uma inegável crise no setor ofensivo. Nos últimos 13 jogos, o time teve apenas quatro gols assinalados por atacantes. O fato retrata o jejum de seis partidas vivido por Alecsandro. O camisa 9 já foi o artilheiro da competição nacional e acabou ultrapassado por cinco concorrentes.
Na próxima quarta-feira, o Cruzmaltino enfrenta o São Paulo, às 22h, em São Januário, pela 29ª rodada do torneio. O ataque será formado por Eder Luis e Alecsandro. A dupla só marcou um gol no segundo turno. Exatamente na vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0, no dia 1º de setembro. Foi a última vez que o camisa 9 balançou as redes.
De lá para cá, o atacante entrou em campo seis vezes e passou em branco. Tenorio foi o atleta que melhor representou o setor nos últimos compromissos. O Demolidor, que se recupera de estiramento muscular, fez três gols. No entanto, o desempenho geral é abaixo do esperado. Quatro tentos de atacantes em 13 partidas. Nas apresentações, o Gigante da Colina anotou um total de 11 gols, sendo Juninho o principal destaque.
O mau momento ofensivo também explica a queda de Alecsandro na briga pela artilharia do Brasileirão. O camisa 9 vive uma relação de amor e ódio com a torcida e voltou a ser bastante questionado nas recentes partidas. O atacante já foi o artilheiro da competição durante algumas rodadas. Agora, estacionou na tabela com nove gols e acabou ultrapassado por concorrentes até então inesperados.
Se o discurso anterior até visava o posto, a preocupação passou a ser mais do que nunca com a conquista da vaga na Copa Libertadores de 2013 e o sonho ainda vivo do título. Alecsandro está atrás de Fred, do Fluminense, e Bruno Mineiro, da Portuguesa (ambos com 14 gols), Luis Fabiano, do São Paulo (13 tentos), Vagner Love, do Flamengo (11) e Kieza, do Náutico (10). O vascaíno ainda tem a companhia na quinta posição da briga pela artilharia de Aloisio e Caio, do Figueirense, Wellington Paulista, do Cruzeiro, Marcelo Moreno, do Grêmio, e Barcos, do Palmeiras.
O técnico Marcelo Oliveira diagnosticou o problema e tentou passar confiança ao comandado. Como também foi jogador, o treinador aposta que a fase irá virar quando Alecsandro e os demais atacantes menos esperarem.
“Às vezes, o atacante é muito marcado e isso dificulta. Mas tenho confiança absoluta no Alecsandro. Sabemos que o Eder Luis veio de lesão e também precisa ganhar ritmo de jogo. Tenho conversado com o Alecsandro para tirar da cabeça e não ficar com essa neurose de fazer gol. Daqui a pouco ele marca dois, três, e volta tudo ao normal. Felizmente estamos fazendo os gols e isso me satisfaz. Trabalhamos para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível para o time e nossos atacantes”, encerrou.
Fonte: UOL