Aos 37 anos e exibindo uma saúde de garoto, Juninho vem sendo o diferencial do Vasco na briga pela manutenção no G-4 do Campeonato Brasileiro. A importância do capitão cruzmaltino é facilmente explicada pelos números. O ídolo da torcida participou de 18 dos 35 gols do time na competição nacional, o que coloca sua presença em 51,4% dos tentos da equipe comandada pelo técnico Marcelo Oliveira.
A colaboração do camisa 8 vem das mais variadas formas. Diretamente, o veterano marcou seis gols e conseguiu oito assistências para os companheiros balançarem as redes. Inclusive, Juninho é o líder no fundamento ao lado de Lucas, do São Paulo. Dos sete jogos em que deu passes para gols, ele saiu vitorioso em todos. Grêmio (2 a 1), Atlético-GO (1 a 0), Santos (2 a 0), Botafogo (1 a 0), Portuguesa (2 a 0), Palmeiras (3 a 1) e Figueirense (3 a 1).
Além dos números positivos, o capitão participou de mais quatro gols de forma “indireta”. Na 11ª rodada, o Vasco venceu o Santos por 2 a 0. Juninho cobrou o escanteio, a bola desviou e sobrou para o zagueiro Douglas estufar as redes. O camisa 8 cobrou falta contra o Coritiba, Wendel cabeceou em cima de Jonas e aproveitou o rebote no empate por 2 a 2. Na derrota para o Fluminense por 2 a 1, o gol foi marcado pelo zagueiro Gum (contra) após cruzamento do meia para a área. Na 25ª rodada, o Gigante da Colina ficou no 1 a 1 com o Cruzeiro. Juninho bateu a falta, o goleiro Fábio rebateu e Nilton marcou.
A eficiência de Juninho vem sendo o principal diferencial do Vasco, antecipadamente já há 53 rodadas consecutivas no G-4 do Campeonato Brasileiro. Em quarto lugar, com 47 pontos, o time não pode ser ultrapassado mesmo se perder para o Atlético-GO, sábado, às 16h20, no Serra Dourada, e o São Paulo vencer o clássico contra o Palmeiras.
Agora, a luta da comissão técnica é para que o time não se acostume com o poder de decisão do meia para alcançar uma vaga na Copa Libertadores de 2013. Contar com o talento de Juninho agrada ao treinador Marcelo Oliveira. Porém, depender do ídolo da torcida foge do ideal do comandante cruzmaltino.
“O time não deve depender de ninguém. O coletivo precisa funcionar mais do que o individual. Como o Juninho é muito técnico, acaba contribuindo bastante. Ele tem uma leitura de jogo enorme. Basta os jogadores se movimentarem para facilitar as coisas. Se o time criar a movimentação e o deslocamento, ele vai colocar os companheiros na cara do gol”, explicou Marcelo Oliveira.
Fonte: UOL