De casa nova para as categorias de base - em Itaguaí, no local alugado ao empresário Pedrinho Vicençote -, o Vasco enterrou definitivamente o projeto do centro de treinamento de Maricá. A cessão do terreno de 148 mil metros quadrados, que estava cedido ao clube desde 4 de maio de 2011, foi suspensa depois de um ano sem o clube começar as obras. No estudo que fez do ambiente, depois do lançamento do projeto, em cerimônia realizada na sede do Calabouço, o clube foi informado que a lagoa avançava para dentro do terreno, o que tornaria ainda mais cara a obra no local.
A planta do centro de treinamento de Maricá previa seis campos oficiais, alojamentos, colégio para mil pessoas e toda estrutura na beira da Lagoa de Maricá, no bairro Parque Nanci. Mas a obra esbarrava na Lei Orgânica do Município, que dizia no artigo 337 ser proibida “a alteração do perfil natural do terreno”. O Vasco chegou a consultar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para construir uma barreira na lagoa.
A suspensão da cessão do terreno contrariou a intenção do prefeito Washington Luiz Cardoso Siqueira, o Quaquá, que é candidato à reeleição, vascaíno e mantém bom relacionamento com o presidente do Vasco e deputado estadual Roberto Dinamite. Mesmo com o prazo para início das obras esgotado em maio deste ano, a prefeitura respondeu no fim de agosto, ao Jogo Extra, que não existia “qualquer movimentação no sentido de rescindir” a permissão de uso para o Vasco. Porém, dias depois, a informação era diferente, conforme trecho a seguir:
“O clube de Regatas Vasco da Gama encaminhou à Prefeitura consulta a respeito das áreas do terreno cedido para o Centro de Treinamento que poderiam receber construções e sobre as preserváveis. 1 - A Prefeitura respondeu a essa consulta, via secretaria municipal do ambiente, e também pela Procuradoria. Esta pediu mais informações ao clube e as está aguardando. O prazo assinalado, de acordo com parecer da Procuradoria, encontra-se, portanto, suspenso.”
Fonte: Extra online