Na quarta posição do Brasileiro, o Vasco ainda tem chances de título, mas os últimos tropeços da equipe facilitaram a chegada de outros adversários na cola do Cruz-Maltino. Para Juninho Pernambucano, o objetivo atual da equipe é conquistar uma vaga na Libertadores de 2013, mas o meia não descarta uma arrancada do time na reta final.
- Nosso foco hoje é a Libertadores. O Vasco ficou 12 anos sem disputar a Libertadores, jogou esse ano. Seria muito importante para a história do clube. No momento, brigamos pela quarta vaga, mas se o time voltar a encaixar, crescer, quem sabe não arrancamos? - disse o meia, em entrevista ao Sportv.
Sobre a crise interna da diretoria vascaína e as dificuldades financeiras do clube, o Reizinho confessa que o período é de dificuldade, mas que os problemas foram herdados de outras gestões. Como resultado, a maior parte da renda que o clube adquire acaba sendo redirecionada para o pagamento de pendências. Mesmo assim, segundo Juninho, o clube está se esforçando para sanar a situação.
- A verdade hoje é que o Vasco ainda atravessa um momento de dificuldades em relação a causas de outras gestões. O clube foi obrigado a fazer muitos acordos com ex-atletas, seja no futebol ou não. A maioria dos processos estão caindo um atrás do outro. Então, de tudo que o clube arrecada, ele é obrigado a separar uma parte ou a maior parte para pagar processos antigos. Existe um esforço muito grande para equilibrar as finanças- analisou o jogador.
Com os salários atrasados, o meia explica que os jogadores aconselham a diretoria a pagar, primeiramente, os funcionários do clube, que ganham bem menos se comparados aos jogadores. Para ele, os funcionários contribuem para o bem-estar da equipe, transmitindo bons fluidos. A respeito das altas remunerações dos jogadores, Juninho questiona o futuro do futebol brasileiro, se os clubes ainda terão condições de pagar elevadas quantias aos atletas. Independente da situação, o meia apenas espera que os acordos firmados sejam cumpridos.
- O Vasco luta para conseguir colocar os salários em dia. O que nós dizemos para a diretoria é que a prioridade é semppe para os funcionários. Não se compara o salário desses funcionários ao que um jogador ganha. Precisamos da energia positiva dos funcionários antes das partidas. Mas, realmente, não tenho como negar que isso não atrapalhe. É interessante saber quanto se paga? É. Não tenho como negar que isso não atrapalhe, é outra tendencia do futebol. É um assunto a ser estudado com muita cautela, não acredito que Brasil vá continuar pagando muito, por muito tempo. Existe um esforço muito grande para equilibrar as finanças. A preferência é que volte e consiga cumprir esse acordos - explicou.
Fonte: Lancenet