O prazo foi dado para uma resolução amigável, o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, não respondeu, e o Vasco desistiu de esperar. O clube entrou no final da tarde desta terça-feira com uma ação na Fifa para receber R$ 5 milhões que tem direito em virtude da transferência do meia para o clube árabe. Além disso, cobra mais 20% de multa contratual em cima do valor total da dívida.
Como o jogador está empregado, o caso pode demorar até dois anos para ter uma resolução. No entanto, o fato de o impasse passar pelo crivo da entidade máxima do futebol mundial pode forçar o Al-Ittihad a buscar um entendimento com o Vasco, fato que já ocorreu algumas vezes em disputas do gênero envolvendo os mais variados clubes.
“Não temos mais o que esperar. Sabemos que pode demorar bastante tempo, mas o Vasco deu todas as oportunidades e tomou a decisão certa. Existem casos que demoram seis meses, um ano e até dois anos. Não se sabe qual será o procedimento. É lógico que a situação não impede o Al-Ittihad de entrar em acordo conosco. Neste caso, o clube recebe o que tem direito e retira a ação na Fifa”, explicou Fernando Lamar, gerente jurídico do futebol cruzmaltino.
A segunda parcela da transação com valor total de 5 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões) venceu no último dia 10 de agosto e não foi quitada. Além disso, o Cruzmaltino não teve acesso ao montante correspondente à primeira parcela. O UOL Esporte divulgou que o pagamento foi dividido em três parcelas. A primeira no valor de 1 milhão de euros (pouco mais de R$ 2,5 milhões) com vencimento em 25 de julho. A segunda teve o montante estipulado em 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 4 milhões) e venceu no dia 10 de agosto. Já a terceira e última pode ser quitada até o dia 15 de janeiro de 2013 no total de 2,5 milhões de euros (pouco mais de R$ 6 milhões).
A primeira parcela foi paga através de uma empresa parceira do Al-Ittihad. No entanto, o dinheiro está bloqueado e o Vasco não consegue ter acesso. Segundo regras da Fifa, a transferência precisa ser feita entre clubes. Com isso, o Banco Central promoveu a retenção do montante até segunda ordem. Sem ter recebido qualquer centavo pela venda de um dos principais jogadores do elenco, o Gigante da Colina - dono de 33% dos direitos - conta com o apoio da Traffic - detentora de 66% - para solucionar o impasse.
Fonte: UOL