Maranhense viaja dois dias para acompanhar o Vasco em Campinas

Se a primeira vez a gente nunca esquece, o comerciante maranhaense Manoel de Jesus aproveitou para registrar todos os momentos de sua estreia assistindo ao Vasco de perto. Aos 42 anos - segundo ele, 30 como torcedor - virou atração na entrada do Moisés Lucarelli, neste domingo, em Campinas, uma hora antes do duelo entre seu time e a Ponte Preta.

Ele juntou dinheiro nos últimos dois anos para realizar o sonho e carregou cinco integrantes da família. A viagem, no entanto, foi longa e cansativa. Mas nada que reduzisse a animação.

- Viajei dois dias inteiros para chegar aqui, saí na sexta de São Luís (capital do estado). Nunca vi o Vasco jogar, eles não vão lá, né? A próxima vai ser no Rio, mas tem que ser especial. Quero tirar fotos de tudo e com todo mundo - divertia-se Manoel, câmera sempre em punho, apressado pelo grupo que o acompanhou para tomar logo seu lugar no estádio, que recebe boa presença de público no lado cruz-maltino, com cerca de 500 pessoas.

As duas bilheterias destinadas ao Vasco formaram pequenas filas. A diretoria da Macaca fez promoção de ingressos para seus torcedores após a saída do técnico Gilson Kleina, que aceitou proposta do Palmeiras. Quem for com a camisa alvinegra, paga meia-entrada em qualquer setor. Quem orienta a equipe é o interino Zé Sérgio. Para os fãs do clube cariocas, que se posicionaram na arquibancada atrás de um dos gols, o bilhete custou R$ 40.

Quem faturou com a presença do Gigante da Colina foram os ambulantes, que disputavam a freguesia com bandeiras, que saíam a R$ 25, e camisas, a R$ 30. Um homem achou o preço e discutiu com o vendedor, dizendo que ele era flamenguista. Ouviou o seguinte:

- Sou vascaíno e ainda sou amigo do Roberto (Dinamite, presidente). O preço é oficial.