Com a iniciativa de promover a paz entre as torcidas nos estádios, o Samba do Bellini arrastou grande público ao Maracanã, na tarde deste sábado. Apesar do templo nublado no Rio de Janeiro, um bom números de torcedores dos quatro grandes clubes do Rio estiveram presentes a confraternização, que ainda teve torcedores do Bangu, do Internacional-RS e do Atlético-MG. Com a participação de sambistas consagrados como o rubro-negro Marquinho Sathan e o vascaíno Paulinho Mocidade, o samba uniu os torcedores com música, cerveja e alegria. Os idealizadores do evento, Zé Sérgio e Jorge Sarpias, falaram um pouco sobre a motivação de criar o Samba do Bellini.
- Os torcedores que estão cansados de violência no futebol decidiram, a dois anos da Copa do Mundo, dar um basta nisso – disse Sérgio. Jorge Sarpias, argetino que mora há 35 anos no Rio de Janeiro, adicionou: – Estamos pensando na possibilidade de criar um movimento para que nós, torcedores, possamos criar um ambiente de paz. Essa causa foi abraçada pelo mundo do samba, dos blocos de carnaval e pode ser um pontapé inicial muito bem sucedido.
- A gente fica super feliz de estar iniciando um movimento tão bonito para conscientizar as pessoas sobre a paz nas pessoas. Nosso movimento ainda vai crescer, precisamos de mais força para trazer as famílias para os estádios. O grande objetivo é que todos se unam e convençam as autoridades a nos ajudarem e o futebol continuar sendo arte, paz e não violência – disse o sambista Marquinho Sathan.
A confraternização entre as torcidas agradou a todos os presentes, como Paulinho Mocidade. O sambista, que é vascaíno, classificou o evento como “extremamente saudável”. Mas os torcedores, sambistas e organizadores estiveram em consenso em sobre o papel das autoridades. “Temos que torcer saudavelmente. As autoridades precisam punir os torcedores que não cumpram a lei severamente.”
Membros da uniformizada “Botachopp” estiveram no evento e levantaram a bandeira sobre uma questão polêmica: a bebida nos estádios de futebol. “Não há mais cerveja nos estádios e as brigas continuam ocorrendo. Aqui, estão torcedores de todos os clubes, com cerveja, e ninguém está brigando. Não é a cerveja que causa a briga, e sim as pessoas, e quem ir contra a lei merece ser punido”, disse Matheus, um dos membros da torcida alvinegra.
Fonte: Lancenet