Críticas, pressão, protestos, saídas e longas parcerias desfeitas. Dos quatro anos em que Roberto Dinamite está no cargo de maior poder no Vasco da Gama, de longe, este é o mais turbulento e o de maior crise que atravessa.
A expressão dele tem sido de cansaço e o sentimento, de apreensão. Lá se vai uma semana e ainda não escolheu o substituto de José Hamilton Mandarino, antigo aliado, que deixou a vice-presidência de futebol.
O tempo tem sido cruel. Mal começou a “descascar esse pepino”, sofreu outro baque. Ouviu de Nelson Rocha, outro que era grande parceiro, a notícia sobre o desligamento da vice-presidência de finanças. Em paralelo, convive com o constrangimento do corte de água em São Januário.
Ainda indeciso sobre as difíceis decisões que tem de tomar, Dinamite prefere o silêncio. Enquanto isso, as insatisfações prosseguem. Pelo menos mais dois vices pensam seriamente em “abandonar o barco”.
Reclamações são muitas e surgem a todo o instante. A última delas, por exemplo, diz respeito à renovação de contrato com a “Vasco Boutique”, loja terceirizada, que, para muitos, já não faz mais sentido em São Januário pelo fato de o clube agora ter sua própria megaloja dentro do estádio, fora as franquias espalhadas pelo país.
Há também mágoa por promessas não cumpridas. O LANCE! apurou que o ex-goleiro Acácio foi convidado pessoalmente pelo presidente, há cerca de quatro meses, para assumir como técnico de juniores. Animado, teria até deixado de lado uma negociação com o futebol árabe. Esperou, cobrou, ouviu que a situação seria resolvida e, quando menos esperava, foi surpreendido com o anúncio de Sorato para a vaga.
Abandonado, Dinamite tenta encontrar forças para colher os cacos de uma diretoria em ruínas.
Fonte: Lancenet