Vascaínos comemoram semana para recuperação de elenco e adaptação de técnico

Quarta-feira, 19/09/2012 - 12:21

Depois de mais de dois meses entrando em campo duas vezes por semana, os times do Campeonato Brasileiro enfim têm a condição de trabalhar mais sossegados. Um dos poucos que trocaram de treinador neste período, apesar da quarta posição na competição, o Vasco espera as reações de Marcelo Oliveira sobre o grupo que tem em mãos. O goleiro Fernando Prass acha cedo para avaliá-lo, mas diz que o espaço na agenda só fará bem ao time.

- Já precisávamos muito disso antes, foi uma sequência grande só jogando e se recuperando. Agora, aliada à chegada do novo técnico, é necessário trabalhar e entender as ideias que o Marcelo tem soobre o time. Quem precisa aprimorar a forma física, vai fazer, assim como quem quer entrar no time. Até agora, é pouco o tempo para avaliá-lo. Ele tinha conhecimento do Vasco pelo que viu na televisão ou jogou contra. Agora, terá um noção melhor do grupo, que não foi ele que formou, mas vai ter de se adaptar até o fim da temporada, e não o contrário. Se o time vai ser ofensivo ou não, acho que depende muito desta semana - acredita.

No último sábado e nesta terça-feira foram os primeiros dias em que o novo chefe orientou os jogadores. Antes, muita observação ao lado de Gaúcho, auxiliar fixo do clube, e que foi companheiro de Oliveira no Botafogo, na década de 80. Além da agitação maior do que a de Cristóvão Borges, já apontada pelo volante Nilton, uma das únicas características notadas é a preferência por treinar à tarde. No caso desta quarta, aliás, o Vasco trabalha integralmente.

O clube planeja, ainda, recuperar os "baleados". Além de Auremir e Douglas no departamento físico, Tenorio tem pequena lesão no púbis, Eder Luis convive com limitações físicas que reduzem sua explosão, a exemplo de Carlos Alberto. Juninho, aos 37 anos, e Felipe, com dores crônicas nos joelhos, já costumam ter cuidados à parte. Todos serão preparados de forma especial, entre fisioterapia, reforço muscular e campo.

- Não lembro quando foi a última vez (que a equipe teve dois períodos de atividade), mas no ano passado nem teria como. Fechamos com 80 jogos. Isso é essencial neste momento para que o treinador introduza sua filosofia e nós possamos ver suas reações. Não adianta ver vídeo, tem de sentir no campo o que somos capazes de fazer - frisou Prass.

As reuniões, por ora, têm ocorrido até mais para discutir métodos do dia a dia, revela o goleiro. E bem menos sobre tática. No empate com Cruzeiro, no último domingo, em Varginha, Marcelo Oliveira manteve esquema e padrão já conhecidos.

- Quando o treinador muda, pode mudar também a rotina. Não é nem a maneira de trabalhar, mas é bom colocar tudo em pratos limpos para depois alguém não argumentar que não sabia. Se houver problema, já se sabe onde errou. Por exemplo, ele pediu para que quem quiser fazer um complemento, com pênaltis ou finalizações, avisar antes para ter alguém da comissão técnica supervisionando.

Domingo, o Vasco visita a Ponte Preta, em Campinas. O clube figura em quarto lugar, com 43 pontos, a dez de distância do atual líder do Campeonato Brasileiro, o Fluminense.

Fonte: GloboEsporte.com