Veja entrevista com Leonardo Gonçalves, presidente da Cruzada Vascaína

Terça-feira, 18/09/2012 - 06:31

"Quem foi aquele que reprovou as contas do Dinamite, no Conselho Fiscal..." Foi dessa maneira que Leonardo Gonçalves, presidente da Cruzada Vascaína, começou a entrevista concedida, ao Olho Vivo, respondendo se a Cruzada havia "dinamitado". "E não reprovamos politicamente. Reprovamos tecnicamente. Foi um trabalho exaustivo e os conselheiros eleitos, além dos beneméritos, têm que fiscalizar a administração. O Conselho Fiscal, formado por pessoas sérias, examinou o primeiro contrato (Torcedor Afinidade) e reprovou. Depois, examinou o contrato da Penalty, reprovando o também. Aí, vieram as contas onde havia várias IRREGULARIDADES. Não havendo alternativa, REPROVOU AS CONTAS POR UNANIMIDADE. Quem for pessoa de bem, irá se afastar da administração Dinamite. A outra alternativa é se reunirem (as pessoas de bem) e partir para um EXPURGO DE DETERMINADOS ELEMENTOS. O Vasco tem que parar de ser lesado nos contratos "Torcedor Afinidade" e "Penalty". O Vasco não controla nada e os fornecedores é que dizem a importância que vão depositar para o clube. O único grupo que cobrou mudança na base foi a Cruzada." Nota da Redação: Cruzada Vascaína, presidida por Leonardo Fraga Gonçalves, é a oposição oficial do Vasco que ocupa, como minoria feita nas últimas eleições da Assembléia Geral, trinta das 150 cadeiras, de eleitos, no Conselho Deliberativo do Vasco da Gama. "Um conselheiro do Roberto denunciou o esquema, por ele, armado, na base". Quando eu tomava conta daquela base, era de uma forma, inteiramente, diferente dos dias de hoje. Na minha época, revelamos Kardec, Souza, Felipe Coutinho e ninguém denunciava que o treinador levava dinheiro, como denunciam hoje. O José Mourão Gonçalves deveria ter sido chamado, de novo, para responder pela base do Vasco. Se eu tivesse ganho a eleição, o Vasco teria um Centro de Treinamento financiado por um grupo do Quatar: R$ 17.000.000,00 (dezessete milhões de reais). Mesmo tendo perdido, apresentei o projeto ao Abílio Borges (Presidente do Conselho), ao Olavo Monteiro de Carvalho (Presidente da Assembléia Geral) e ao Eduardo Machado. Ninguém quis. Sobre a denúncia do OLHO VIVO, desta edição, relativa à questão dos ingressos doados e vendidos para as "organizadas", meu plano não deixaria sobrar ingressos nem para vender nas bilheterias. Quem for sócio proprietário, pela minha ótica, com mensalidade em dia, ou pagando a anuidade antecipadamente, deveria comprar o pacote dos jogos, pagando R$ 1,00 (hum real) por partida. Considero as "organizadas" importantes e, nos jogos fora do Estado, deveriam ter os ônibus custeados para que pudessem incentivar o time. Sobre a participação do Agostinho Taveira, neste episódio, nada posso comentar porque não fazia parte da administração na época em que ele se envolveu no tema, mas, com a matéria bem documentada, me predisponho a leva-la ao Conselho Deliberativo. Quanto ao Fernando Horta, penso que ele deveria ter dado nomes aos bandidos e aos quadrilheiros, como ele citou, aqui, no OLHO VIVO. Gostaria de frisar que o departamento jurídico da Cruzada é muito superior ao do Vasco. Digo isto porque nós alertamos para o fato de a dívida cobrada, pelo Romário, estar PRESCRITA. Fizemos, inclusive, questão que constasse EM ATA as declarações de Nelson Rocha de que não existe título que pudesse ser executado pelo jogador. Além disso, foi a CRUZADA quem, na Justiça, segurou as últimas eleições que proporcionaram, a Roberto, estar presidindo o Vasco da Gama.



Fonte: Jornal Olho Vivo - Ano I - Número 13 - pág. 8