Décimo primeiro técnico da era Roberto Dinamite, Marcelo Oliveira acompanhou a vitória do Vasco sobre o Palmeiras por 3 a 1, na última quarta-feira, em São Januário. Nesta quinta-feira, o novo treinador será apresentado oficialmente e começa o trabalho diante de um cenário desfavorável nos bastidores após a saída de José Hamilton Mandarino, ex-vice de futebol. O dirigente foi a segunda peça-chave que deixou o clube nos últimos nove meses.
No meio de 2008, Roberto Dinamite assumiu a presidência do Vasco. Até o rebaixamento para a Série-B foram três técnicos. Antônio Lopes, Tita e Renato Gaúcho tentaram, mas não conseguiram salvar o time da degola. Em 2009, Dorival Júnior trouxe o Cruzmaltino de volta ao grupo de elite do futebol brasileiro.
Em 2010, um período conturbado de troca de treinadores. Vágner Mancini, Gáucho, Celso Roth e Paulo César Gusmão passaram pelo posto durante um ano sem conquistas. Em 2011, o futebol acertou definitivamente com Ricardo Gomes e Cristóvão. O título da Copa do Brasil e o vice-campeonato brasileiro referendaram as escolhas.
No entanto, a chegada de Marcelo Oliveira ocorre justamente em meio ao processo que ainda desdobra acontecimentos do final do ano passado. Por divergências com o mandatário, Rodrigo Caetano deixou o cargo de diretor executivo contra a vontade de dirigentes. A ação fez com que Roberto Dinamite aparecesse mais no dia a dia do futebol e iniciou o desmanche de uma estrutura que se mostrava vitoriosa.
A escolha de Daniel Freitas para comandar o departamento não foi bem vista no início do ano por dirigentes importantes. Último remanescente na engenharia, José Hamilton Mandarino deixou o posto e o futebol em situação delicada na última quarta-feira. A vitória sobre o Palmeiras amenizou a crise, mas o “território arrasado” nos bastidores promete ser o primeiro obstáculo considerável para Marcelo Oliveira.
Sem Mandarino, Daniel Freitas será inicialmente o ponto de apoio para o novo técnico. No entanto, o diretor de futebol é questionado por conselheiros e correntes políticas. Ele é alvo constante de protestos de torcedores, mas Dinamite mantém o respaldo ao trabalho. Sem saber com qual estrutura poderá contar de fato, Marcelo Oliveira tem desafios ainda maiores do que apenas a busca pelo título brasileiro e uma vaga na Copa Libertadores de 2013.
Fonte: UOL