Durou apenas dois dias o comando de Gaúcho neste terceira vez momento como interino do Vasco. A vitória sobre o Palmeiras, no entanto, fez o treinador se alegrar muito e entregar para Marcelo Oliveira, que assume a partir desta quinta-feira, com a certeza do dever cumprido. Segundo ele, por conta da qualidade não demonstrada em campo nas últimas semanas, que causou a saída de Cristóvão Borges, estes eram os três pontos mais esperados de todas as suas passagens pelo banco de reservas cruz-maltino.
- A vitória que eu mais queria em todas essas vezes que estive aqui foi essa. Cristóvão estava sofrendo porque a equipe não produzia o que podia, mesmo tentando de todas as formas. O sofrimento durou um mês, após o início de campeonato muito bom. Perdemos o foco, mas continuo acreditando no título, somos fortes candidatos, e o Marcelo vai ver isso - decretou.
Segundo Gaúcho, a ofensividade que propôs deu certo e foi decisiva para tirar a falta de confiança dos jogadores, que vinham da derrota por 4 a 0 para o Bahia, em São Januário.
- Mantive a maneira de jogar que eu usei da última vez em que fui técnico do Vasco, em 2010. Era o estado emocional de todo mundo que estava complicado, precisávamos tirar o medo da bola, o time teria que jogar para a frente, e os primeiros 45 minutos eram fundamentais. Fomos ofensivos, exploramos algumas coisas importantes do time do Palmeiras, mas, no intervalo, conversamos e melhoramos. Tinha visto muito dos dois times, parti para cima, defini o jogo. Quem faz o torcedor feliz é o atleta. Se assustar com a bola, não dá. A bola não tem prego, não machuca. Tem de ir determinado para jogar em alto nível. Joguei nas dez posições, então a bola é um prazer para mim. Tem de ter confiança, acima de tudo - ensinou, emendando.
No vestiário após o triunfo, Marcelo Oliveira teve seu segundo contato com o elenco - o primeiro havia sido na hora do almoço, na concentração. O interino comentou as impressões do técnico.
- Ele gostou de muitas coisas, mas observou outras. Cada um tem sua maneira de trabalhar, foi assim com o Ricardo Gomes e com o Cristóvão. É sempre diferente de um para o outro. Durante esses dias, vamos passar tudo para ele.