Passada a ressaca pela goleada sofrida para o Bahia, domingo, em São Januário, o Vasco não tem o que fazer se não olhar para próxima rodada e tentar se reabilitar. Quarta-feira, o duelo é com o Palmeiras, também no Rio, e só haverá um treino com bola para corrigir os erros. O técnico Cristóvão Borges, no entanto, aposta na atitude do grupo que tem em mãos para sair aplaudido, desta vez, com uma vitória, que manteria o clube no G-4 do Brasileirão.
- Em outras ocasiões, já demonstramos poder de reação. Assim como nós, os torcedores estão machucados. É exigir demais que nos apoie. Sempre vamos jogar para ganhar, fazer o melhor, mas entendemos as manifestações. Não é isso que o torcedor quer, e nem nós. Isso tem de partir de nós, temos de dar a resposta logo. Estamos abatidos e tristes pela derrota, mas há pouco tempo. Precisamos nos reerguer - afirmou Cristóvão, um dos alvos da ira do público.
Quando Ricardo Gomes teve o AVC, o time vascaíno se manteve concentrado e terminou com o vice-campeonato nacional, mesmo já tendo a vaga na Libertadores. Nesta temporada, chegou a duas finais de turno no Carioca e, mesmo perdendo na estreia da competição continental, que não disputava há 11 anos, foi capaz de vencer quatro das outras cinco partidas e ir às quartas.
É nessas provas que o treinador, elogioso à qualidade do elenco, acredita. Embora admita que o torcedor não está satisfeito com as opções para vestir a camisa do Vasco atualmente.
- Vínhamos num momento de retomada. Mas, em momentos difíceis, tivemos essa reação. Eu acredito nisso. Tenho confiança nos jogadores e estamos trabalhando bem. Em relação à expectativa, não, ela é sempre muito grande para o torcedor. Nós queremos mostrar a equipe forte, e na primeira parte do turno foi assim. O campeonato é difícil e equilibrado. Há muitos dificuldades de se firmar. A disputa é acirrada e temos de estar fortes para isso - ponderou.
Já o volante Nilton espera esquecer o "balde de água fria" para o time não se perder.
- Foi um balde de água fria, a equipe não jogou nada. Tentamos uma realão, mas não conseguimos. O Bahia veio com proposta de jogar fechado e foi nos nossos erros. Vamos virar a página porque tem outra pedreira e temos de levantar a cabeça para esquecer o que houve.
Fonte: GloboEsporte.com
